Cidades de praia cancelam queima de fogos no Ano Novo por causa de barulho
No litoral sul de São Paulo, Praia Grande e Mongaguá cancelaram espetáculos em respeito às pessoas do espectro autista, acamados e animais.
Ao menos duas cidades do litoral sul de São Paulo que recebem grande fluxo de turistas no final do ano não terão a tradicional queima de fogos na praia na virada de 2024 para 2025. Faltando poucos dias para o Réveillon, as prefeituras de Praia Grande e Mongaguá cancelaram a aguardada festa de Ano Novo por causa som emitido pelos fogos de artifício.
"Em respeito às pessoas com espectro autista, aos animais de estimação, aos idosos e aos acamados, Praia Grande não realizará queima de fogos durante a Virada do Ano", diz um comunicado emitido pela prefeitura. Em Mongaguá, a decisão foi tomada pelo mesmo motivo, segundo a prefeitura local.
As decisões deixaram a população e turistas divididos. "Existem fogos silenciosos prefeita, uma cidade turística como a nossa, por favor né", reclamou um morador em comentário na publicação da prefeitura de Praia Grande que oficializa o cancelamento do espetáculo. "Parabéns pela acertada decisão", elogiou outro.
"Sabem o que vai acontecer? Na ausência de evento organizado pela prefeitura - muitos irão levar seus foguetórios para a praia e soltar - e a segurança? Bem já sabemos, porque já houve tragédias em passado recente", alertou um terceiro.
Fogos de baixo estampido
Nos anos anteriores, as prefeituras haviam investido em fogos com tecnologia de baixo estampido, com ruído reduzido. É a mesma tecnologia usada em Dubai, na Disney e na virada de ano de Copacabana, no Rio de Janeiro, a mais famosa do Brasil.
Em Santos, maior cidade da Baixada Santista, a queima está mantida com os fogos de baixo estampido por 14 minutos. Guarujá também confirmou 20 minutos de queima de fogos em sua festa oficial.