Com mais de 800 vulcões, Payunia é a Mendoza que falta ser conhecida
A 90 km da cidade de Malargüe e a 570 km, de Mendoza [...]
Muito além das visitas às vinícolas e do teto das Américas, a província de Mendoza tem uma Argentina que nem todo mundo conhece.
A 90 km da cidade de Malargüe e a 570 km de Mendoza, a Reserva Natural La Payunia é a versão vulcânica daquelas terras conhecidas pela produção de vinhos e por abrigar o Aconcágua, montanha com 6.961 metros de altitude, considerado o ponto mais alto do continente.
A reserva é um dos campos vulcânicos de maior densidade da Terra, onde brotam mais de 800 vulcões, e, em breve, deve pleitear o título de Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. No final de novembro, o governo da província de Malargüe promoveu um encontro para tratar de assuntos como os avanços do plano de gestão que irá propôr a inscrição do destino na lista mundial de patrimônios.
Com cerca de 10,6 vulcões a cada 100 km, La Payunia se destaca pelo Payún Matrú, vulcão a 3.750 metros de altitude e uma caldeira com 9 km de diâmetro, formado há 168 mil anos, aproximadamente.
Aquele cenário de tons pretos, dourados e acobreados é conhecido também pelas Pampas Negras, uma extensa área coberta por um manto de material vulcânico e cor escura (cientificamente chamado de lapillis).
A reserva abriga outros vulcões como o Payún Liso (3.780 m), conhecido pela cratera com uma camada de gelo, no inverno, e uma lagoa, na primavera.
Arredores
Não muito longe dali, a 25 km da cidade de Malargüe, ficam os Castillos de Pincheira, outra reserva natural que guarda formações geológicas declaradas Monumentos Naturais, moldadas pela ação dos ventos.
A 35 km da cidade fica o vulcão Malacara, um dos poucos que podem ser visitados por dentro, pois sua erupção foi por um processo em que a lava entrou em contato com a água, seguido de erosão e desgaste que deram origem a passagens, sumidouros e chaminés de até 30 metros de altura.
Mais distante, a 70 km, a Caverna de las Brujas é uma área para observação de estalactites, estalagmites, colunas e corais petrificados na rocha.
Reserva Natural La Payunia
Quando ir
Durante os meses de inverno, a neve pode impedir o acesso à região. Por isso, procure viajar entre outubro e maio.
Como chegar
Sem nenhum tipo de serviço em seu interior e localização de difícil acesso, a reserva deve ser visitada com o acompanhamento de um guia.