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Como vai ser a maior trilha aquática do Brasil, de SP ao MS

Serão 400 km de remada, entre SP, PR e MS [...]

13 abr 2024 - 09h48
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A princípio, cruzar a maior trilha aquática do Brasil pode assustar. São 400 quilômetros de remada, ao longo do Rio Paraná, entre São Paulo e o Mato Grosso do Sul.

A Rota dos Pioneiros é uma trilha de longo curso, conhecida como a maior trilha aquática do Brasil, que passa por trechos mais calmos de rio e segue em direção a corredeiras, em um projeto inédito criado por voluntários da sociedade civil, em parceria com os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

"O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios navegáveis e mais de 7 mil quilômetros de litoral, por onde se desenhou a história brasileira. Então, se queremos conectar o país, por meio de trilhas de longo curso, precisamos olhar para o potencial das trilhas aquáticas", destaca Erick Xavier, gestor da Rota dos Pioneiros.

Foto: redetrilhas.org.br / Viagem em Pauta

Maior trilha aquática do Brasil

De acordo com a Rede Trilhas, a viagem tem início ou fim, em qualquer um dos portos fluviais ao longo do rio Paraná, que servem também de ponto de apoio, alguns deles, equipados com água potável, alimentação e até hospedagem em campings locais.

A sugestão é começar pelo município de Rosana (SP), na tríplice fronteira, entre São Paulo, Paraná e o Mato Grosso do Sul, e seguir em direção ao sul, com as seguintes paradas: Marilena (PR), São Pedro do Paraná (PR), Querência do Norte (PR), Naviraí (MS), Icaraíma (PR), Itaquiraí (MS) e Eldorado (MS).

O roteiro termina na paranaense Guaíra, destino onde, até o início da década de 1980, ficava o Salto de Sete Quedas, que um dia já foi um dos atrativos turísticos mais famosos do Brasil.

Foto: redetrilhas.org.br / Viagem em Pauta

A Rota dos Pioneiros passa por 3 municípios paulistas (Teodoro Sampaio, Euclides da Cunha e Rosana), 6 no Mato Grosso do Sul (Taquarussu, Jateí, Naviraí, Itaquiraí, Eldorado, Mundo Novo) e, em seu maior trecho, por 9 cidades do Paraná (Terra Rica, Diamante do Norte, Marilena, São Pedro do Paraná, Querência do Norte, Icaraíma, Altônia, Guaíra, Mercedes).

Porém, a trilha lançada, oficialmente, em setembro de 2019, ainda não está concluída e terá início no Parque Estadual do Morro do Diabo, a 11 quilômetros do centro de Teodoro Sampaio, em São Paulo.

O objetivo é conectar paisagens e ecossistemas brasileiros para promover a estruturação e a ampla visibilidade da oferta turística de natureza.

Rio Paraná

O nome dessa trilha aquática no Rio Paraná é uma homenagem a personagens históricos da região, como povos indígenas, jesuítas, bandeirantes, portugueses e exploradores espanhóis.

Com 4.880 quilômetros, o Paraná é o 8º maior rio do mundo em extensão e o segundo da América do Sul, passando pelo Paraguai, sul do Brasil, norte da Argentina e sudeste da Bolívia.

Dicas na Rota dos Pioneiros

Desenvolvida para oferecer a melhor experiência, passando por trechos mais seguros e com menor movimento de embarcações, a trilha é orientada pelas famosas sinalizações em forma de pegada (amarela e preta), facilmente, identificadas pelos desenhos de um bote atravessado por um remo na transversal.

Outra regra de ouro é a contratação de um guia experiente ou inscrição em algumas das expedições que deverão ser organizadas, ao longo do ano.

Para sua segurança, não navegue sozinho e fique de olho no tempo, conferindo sempre a previsão do tempo e evitando travessias em dias de baixa visibilidade.

Foto: redetrilhas.org.br / Viagem em Pauta

Para sua orientação, use um GPS ou carta náutica da AHRANA (Administração Hidroviária do Paraná).

Programe-se para levar em seu caiaque: colete salva-vidas, apito de emergência, faca, remos (incluindo o reserva), água, lanches rápidos, filtro solar, óculos de sol, luvas e boné, chapéu, além de itens de primeiros socorros, como gaze, faixas, algodão, esparadrapo, antisséptico, analgésicos, antigripais, spray higienizante e remédios de uso pessoal.

Para os pernoites em campings, ao longo da trilha, leve barraca, saco de dormir, isolante térmico, lanterna, bateria externa para equipamentos eletrônicos, produtos de higiene pessoal, utensílios de cozinha, sabão e esponja.

Conheça a trilha mais longa do Nordeste

Viagem em Pauta
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