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Compras no Japão: liquidações, loja de 100 ienes, brechós

De cosméticos a itens kawaii e eletrônicos, economize nas suas compras nipônicas com essas dicas

21 nov 2022 - 10h31
(atualizado em 1/12/2022 às 15h19)
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A retomada do turismo no Japão apresenta um atrativo a mais para os brasileiros: comprar produtos de boa qualidade e durabilidade a preços acessíveis. E dessa vez não estamos falando da Black Friday, pois  há outras formas de comprar bem e barato durante o ano todo no Japão . Ainda mais agora que o iene, a moeda japonesa, tem passado por uma desvalorização que favorece o bolso dos brasileiros. A JNTO (Organização Nacional de Turismo Japonês) selecionou dicas e curiosidades para os viajantes que querem aproveitar sua viagem ao país para fazer algumas comprinhas. Confira:

O bairro de Shimokitazawa, em Tóquio, reúne brechós e lojas vintage.
O bairro de Shimokitazawa, em Tóquio, reúne brechós e lojas vintage.
Foto: Page Light Studios/Shutterstock / Viagem e Turismo

Fukubukuro

Espécie de compra surpresa, o   fukubukuro é uma sacola fechada contendo uma variedade de produtos não especificados. Em alguns casos está descrito o tipo do produto, como "duas bolsas" , mas não as marcas e modelos. Os compradores não têm como saber exatamente o que estão levando, mas eles têm certeza de que estão pagando um valor total inferior à soma dos produtos contidos na sacola. O fukubukuro é tão popular que já levou alguns consumidores a acampar na porta de lojas durante a noite ou até mesmo por dias para ter a chance de garantir uma sacola. Hoje em dia, é mais comum fazer reservas pelos canais digitais. Seja pela economia ou pela emoção da surpresa, vale a pena ter essa experiência de compra no Japão, comercializada geralmente entre os dias 1 e 2 de janeiro.

Sacolas fukubukuro em exposição na cidade japonesa de Chiba.
Sacolas fukubukuro em exposição na cidade japonesa de Chiba.
Foto: Ned Snowman/Shutterstock / Viagem e Turismo

Liquidações

Em geral, as temporadas de liquidação no Japão acontecem duas vezes por ano, no início de janeiro e em julho. Anunciadas com antecedência nos sites das lojas, as liquidações duram cerca de um mês, mas os itens mais populares se esgotam rapidamente. Por isso, é recomendável ir às compras o quanto antes. Mas caso o interesse não seja por um produto específico, mas apenas nos preços baixos, é no final da promoção que surgem as melhores ofertas.

Loja da marca japonesa Uniqlo em Osaka.
Loja da marca japonesa Uniqlo em Osaka.
Foto: August_0802/Shutterstock / Viagem e Turismo

Lojas de 100 ienes

As lojas de cem ienes japonesas correspondem às lojas de R$ 1,99 brasileiras no conceito de vender uma variedade de produtos numa mesma faixa de preço, mas não exatamente no valor: cem ienes equivalem a cerca de R$ 3,80 (cotação de novembro de 2022). Nessas lojinhas, é possível encontrar alimentos, itens de decoração, artesanato, utensílios domésticos, acessórios para carros, papelaria, itens de escritório e afins. Uma delas lojas já se tornou conhecida entre os brasileiros, a Daiso (pronuncia-se "daissô"). Outras, com unidades em Tóquio, estão listadas neste link (em inglês). Por fim, existe também a famosa 3COINS , que vende itens a 300 ienes (cerca de R$ 11,50).

Konbini

As konbinis são lojas de conveniência ótimas para compras rápidas: costumam ter camisas, gravatas, roupas íntimas, itens de higiene pessoal e de maquiagem, além de comidas e bebidas. As três principais redes desse tipo de comércio são Lawson, Family Mart e Seven Eleven. Os konbinis são uma parte tão significativa da cultura local que o livro best-seller Querida Konbini, da autora japonesa Sayaka Murata, tem uma desses lojas como pano de fundo para a história da personagem Keiko Furukura e para reflexões sobre o cotidiano na sociedade japonesa.

Geladeira de uma típica konbini japonesa.
Geladeira de uma típica konbini japonesa.
Foto: Joan Tran/Unsplash / Viagem e Turismo

Brechós e vintage shopping

O bairro de Shimokitazawa, em Tóquio, é um dos melhores lugares para garimpar artigos alternativos, roupas de segunda mão, discos e itens vintage. Por isso, se tornou uma referência para fashionistas e para aqueles que queiram adquirir itens com personalidade. O brechó mais icônico da região é o New York Joe Exchange, com peças por até 10 mil ienes (cerca de R$ 383). Há mais opções de roupas e acessórios nas lojinhas do Shimokita Garage Department e de peças vintage na Chicago. Para discos, veja a Jet Set Recorts. Há vários cafés espalhados pelo bairro para fazer uma pausa nas compras, como o Bear Pond Espresso.

O bairro de Shimokitazawa é para garimpar.
O bairro de Shimokitazawa é para garimpar.
Foto: Berto Macario/Unsplash / Viagem e Turismo

"Numeração de roupas e sapatos"

As roupas geralmente são numeradas mais ou menos como no Brasil: XS (extra pequeno), S (pequeno), M (médio), L (grande) e XL (extra grande). Mas existem ainda tamanhos acima: 2XL, 3XL, 4XL. Os tamanhos de sapatos e meias são indicados em centímetros: o 34/35 brasileiro equivale a 22,5/23cm e o 41 a 27,5cm, por exemplo. A história complica na hora de comprar sutiãs, que possuem uma numeração diferente do Brasil e dos Estados Unidos - melhor pedir ajuda de algum vendedor na loja.

⇒ O que vale a pena trazer do Japão?

O segmento que mais enlouquece estrangeiros no Japão é o de cosméticos. Afinal, trata-se do berço de marcas reconhecidas mundialmente pelos cuidados com a pele, como é o caso da Shiseido, Kanebo e Bioré. Mas outro setor popular é o da papelaria: o país é um verdadeiro paraíso para os colecionadores de canetas, papéis, adesivos e afins. Os produtos costumam ser de boa qualidade e têm design diferenciado: artigos kawaii (ou seja, "fofinhos") são clássicos. É claro que os aparelhos eletrônicos também chamam atenção no Japão, mas é preciso estar atento à compatibilidade com a voltagem e o tipo de tomada que você tem em casa e, se necessário, comprar também transformadores e adaptadores.

Itens típicos da cultura japonesa também podem render lembrancinhas interessantes: há quimonos, leques, facas, mangás e produtos derivados dos animes. Do ponto de vista gastronômico, vale a pena levar na mala chá, saquê e doces - existem os  wagashi, considerados puramente japoneses, e os yogashi, com alguma influência ocidental. O fato é que não será difícil encontrar presentes: os próprios japoneses têm o costume de comprar omiyage, forma como são chamadas as lembrancinhas de viagem, para os colegas de trabalho. Por isso, a maioria dos pontos turísticos vende caixas ou latas de doces embalados separadamente, além de chaveiros e outros souvenires simpáticos.

Um quimono de verdade custa uma fortuna, mas sobram réplicas em lojas de lembrancinhas.
Um quimono de verdade custa uma fortuna, mas sobram réplicas em lojas de lembrancinhas.
Foto: MD Samir Sayek/Unsplash / Viagem e Turismo
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