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Dia Internacional Nelson Mandela: veja atrações turísticas

O dia 18 de julho lembra o nascimento de Nelson Mandela [...]

18 jul 2024 - 08h19
(atualizado às 21h55)
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Por décadas, uma linha invisível definiu as relações naquela que seria a maior potência do continente africano, um dia liderada por Nelson Mandela.

Regras de convívio eram baseadas na cor da pele; presos políticos foram calados em penitenciárias de alta segurança; e manifestações violentas davam o tom à insatisfação que aquela gente sentia pela segregação.

Para homenagear a figura mais lembrada quando o assunto é o fim do apartheid, o Dia Internacional Nelson Mandela é comemorado sempre no dia 18 de julho, data de nascimento de Madiba, como o líder era conhecido.

Conheça endereços turísticos (e para refletir) relacionados ao primeiro presidente da África do Sul livre.

Magda Ehlers / Pexels.com
Magda Ehlers / Pexels.com
Foto: Viagem em Pauta

Criado há uma década pelo Ministério do Turismo da África do Sul, o mapa Atrações turísticas inspiradas na vida de Madiba (Madiba-inspired tourist attractions, em inglês) lista os endereços ligados à trajetória de Nelson Mandela.

Madiba foi preso político e também o primeiro presidente sul-africano a ser eleito, democraticamente, após um sistema segregacionista, cujos 30 anos de seu fim foram lembrados em abril deste ano.

Em parceria com a Nelson Mandela Foundation, o projeto destaca pontos turísticos nas quatro províncias sul-africanas que fizeram parte da vida daquele homem inconformado que ficaria conhecido como o "Pai da Nação".

Assim, Mandela é relembrado em endereços como o Soweto, cidade próxima a Joanesburgo, a Ilha de Robben, na Cidade do Cabo, e em museus espalhados pelo país, como o impactante Apartheid Museum.

Estátua de Mandela em Pretóia
Estátua de Mandela em Pretóia
Foto: Clayton / Pexels.com / Viagem em Pauta

Turismo para lembrar Nelson Mandela

Ilha Robben

Cidade do Cabo

Considerada uma das dez atrações principais da África do Sul, essa antiga penitenciária de segurança máxima, a 11 quilômetros do continente, encarcerou Mandela por longos 19 anos, entre 1963 e 1982.

Atualmente, o local tem visitas públicas guiadas por ex-presidiários.

Eduardo Vessoni
Eduardo Vessoni
Foto: Viagem em Pauta

A expectativa é para ver a cela do prisioneiro 466/64, número de inscrição de Mandela na prisão, mas o tour interno de ônibus passa também por construções como os antigos cemitério, hospital e escola que funcionavam no local, além das alas onde ainda estão de pé os minúsculos espaços de confinamento como a de Mandela, com pouco mais de 4 m².

Durante a visita pela ilha, é possível descer em uma das baías com vista da cidade.

Em 1999, a penitenciária foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, devido à sua história que simboliza o triunfo do espírito humano, da liberdade e da democracia sobre a opressão, segundo definição da própria organização responsável pelo título.

Já, entre os séculos 17 e 20, a ilha funcionou como presídio, hospital e base militar.

Montanha da Mesa
Montanha da Mesa
Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

Mais Cidade do Cabo

O destino turístico mais popular da África do Sul homenageia Mandela também na Nobel Square, praça localizada no complexo turístico V&A Waterfront, com esculturas dos quatro sul-africanos ganhadores de um Prêmio Nobel, como o próprio Madiba, o ex-presidente Frederik Willem de Klerk, o arcebispo Desmond Tutu e o ativista anti-apartheid Albert Luthuli.

Menos turística, a região do Cabo Ocidental (Western Cape, em inglês) relembra seu passado também em locais como a Pollsmoor Prison, penitenciária de segurança máxima, a 25 minutos da Cidade do Cabo, para onde Mandela e outros líderes políticos da época foram enviados, em 1982.

Outro endereço relacionado ao líder é a Victor Verster Prison, em Paarl, onde Mandela passou a morar em uma casa espaçosa, nos seus últimos 14 meses de prisão.

Joanesburgo

A principal porta de entrada do país tem também um dos mais impactantes espaços dedicados aos 46 anos de segregação racial, que durou de 1948 a 1994.

Pioneiro em seu gênero, o Apartheid Museum abriga acervo que reconta as diferentes etapas do sistema de separação criada por Hendrik Frensch Verwoerd, holandês que ficaria conhecido como "arquiteto do apartheid".

Eduardo Vessoni
Eduardo Vessoni
Foto: Viagem em Pauta

O museu multimídia é dividido em salas temáticas como a Race Classification, sobre a classificação das pessoas por cores de pele; Segregation, que explica que as origens do Apartheid começaram bem antes de 1948; e a The Miracle and Beyond, sobre a histórica eleição de 1994 em que o partido ANC (sigla em inglês para Congresso Nacional Africano) colocou no poder o primeiro presidente sul-africano eleito de forma democrática.

A parada seguinte é no Constitution Hill, forte de 1892 que isolou figuras que lutaram pela liberdade, como Nelson Mandela e o indiano Mahatma Gandhi, além de prisioneiros durante a Guerra dos Bôeres (1880), no final do século 19, e manifestantes presos do Soweto.

Atualmente, esse Monumento Nacional é sede da Corte Constitucional da África do Sul.

Eduardo Vessoni
Eduardo Vessoni
Foto: Viagem em Pauta

Rivonia

subúrbio de Joanesburgo

É ali que fica a Fazenda Liliesleaf (Liliesleaf Farm, em inglês), esconderijo de líderes que lutavam contra o apartheid, formado por uma sequência de casas onde ocorriam debates e tomadas de decisões.

O local funcionou, clandestinamente, entre 1961 e 1963, até que em julho daquele ano foi invadida por policiais brancos, em um dos golpes mais duros dos anos de segregação. Após o episódio, Mandela e outros líderes seriam condenados pelo histórico Julgamento de Rivonia, no Supremo Tribunal de Pretória.

Atualmente, é possível visitar seu antigo quarto e ver objetos considerados ilegais na época, como livros que foram achados no dia da invasão.

Quando Mandela foi preso em Liliesleaf, o líder já havia cumprido uma pena curta de cinco anos por conta de outro evento histórico que acontecera na Província de Zwazulu-Natal.

Liliesleaf
Liliesleaf
Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

Capture Site

Zwazulu-Natal

Em agosto de 1962, Mandela voltava para Joanesburgo de carro pela rodovia R103, quando foi parado e preso pela polícia.

O local ficou conhecido como The Capture Site (Lugar da Captura, em português), onde Madiba daria início aos 27 anos de prisão.

Atualmente, o atrativo, o mesmo que aparece na foto que abre esta matéria, abriga um memorial e uma escultura do rosto de Mandela feita com 50 hastes de aço de até 9,5 metros de altura.

Soweto

Província de Gauteng

Essa cidade bem próxima de Joanesburgo, que já foi usada como área de isolamento de negros durante os anos de apartheid, abriga a famosa casa do distrito de Orlando, residência de Mandela e suas duas esposas, Evelyn Ntoko Mase e Winnie Mandela.

A construção simples fica na Vilakazi Street, a única rua do mundo que já abrigou dois prêmios Nobel (Mandela e Desmond Tutu).

A casa foi transformada em um museu simples com exposição de documentos, fotos, objetos pessoais e móveis da época. Por conta da clandestinidade forçada por perseguições policiais, Mandela permaneceu a maior parte do tempo fora daquela casa humilde de tijolos alaranjados.

Eduardo Vessoni
Eduardo Vessoni
Foto: Viagem em Pauta

Hector Pieterson Memorial

Soweto

Soweto ganhou o mundo com as chocantes imagens de um evento que ficou conhecido como Levante do Soweto, um confronto violento entre a polícia repressora e 10 mil manifestantes negros que protestavam contra a imposição do aprendizado do africâner, língua de origem germânica falada pelos colonizadores brancos de origem holandesa.

O episódio, que matou mais de 500 pessoas, é relembrado no Hector Pieterson Memorial, museu dedicado ao primeiro negro a ser assassinado no local, aos 12 anos de idade. A imagem do corpo de Hector sendo carregado por um colega é uma das mais representativas da época.

No local estão monumentos em homenagem àquelas pessoas mortas durante os confrontos de 1976 e um museu com testemunhos, fotos e documentos históricos.

Viagem em Pauta
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