Safári: dicas e alertas para gastar menos e evitar roubadas
Estar perto da vida selvagem, como toda a rusticidade que o cenário proporciona, é o sonho de muitos turistas que planejam safáris pelo mundo. Mas os especialistas alertam que, mais do que protetor solar, roupas leves e tênis para caminhada, itens que não faltam na bolsa de um turista comum, este tipo de passeio requer cuidados extras que podem preservar o bolso e, ainda, render boas surpresas ao longo do roteiro.
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É o que avisa um artigo da revista Budget Travel, reproduzido pelo portal da CNN, orientando os viajantes que pretendem ficar pertinho de animais como leões, leopardos, rinocerontes, elefantes e búfalos.
Geralmente direcionadas ao continente africano, as excursões oferecem diferentes tipos de experiência, que variam de acordo com a região visitada. A revista mostra que locais ao sul da África e no Quênia, por exemplo, oferecem roteiros com menor grau de dificuldade, com ampla estrutura de turismo, grande quantidade de vôos e parques. Isso facilita a organização dos pacotes, que são relativamente baratos.
Por outro lado, destinos como Tanzânia e Uganda são mais rústicos, por isso recebem um número menor de pessoas e apresentam um preço mais elevado.
Independente da escolha, uma dica importante fornecida pela Budget Travel é que o turista se preocupe tanto com a credibilidade da agência de viagens, quanto com o guia que irá conduzir a excursão, solicitando referências anteriores do profissional.
Peter Allison, autor do livro Whatever You Do, Don't Run: True Tales of a Botswana Safari Guide ("Não importa o que você faça, não corra: contos reais de um guia de safári de Botswana"), ainda sem tradução para o Brasil, adverte que um guia de viagens pode salvar ou acabar com um safári. Ele diz que um bom profissional não apenas aponta onde estão os leões, mas ensina também a ouvir os sinais dos animais ao longo do passeio.
Um alerta vermelho oferecido pela revista são as agências que oferecem a mesma configuração de passeio ao longo do ano todo. Como os animais migram de um lugar para o outro seguindo os padrões do tempo, o ideal seria que um bom agente ajustasse os itinerários de acordo com a época do ano, para que o turista possa ter uma visão mais ampla da vida selvagem.
A matéria cita como referência o site Travelhub, que permite a pesquisa por especialistas em safári.
Preços salgados: como evitá-los
Safáris não costumam ser programas baratos, indica a Budget Travel. Segundo o artigo, uma semana de passeio não sai por menos de 4 mil dólares, sendo que as visitas guiadas custam a partir de 250 dólares.
A boa notícia é que existem algumas estratégias para baratear o custo do passeio. Para quem não se importa em pegar um pouco de chuva, a dica é programar a viagem para a temporada mais úmida, entre novembro e março, fazendo com que o custo caia pela metade.
Na verdade, as tempestades são breves e geralmente acontecem na parte da tarde, então o passeio não estará perdido. Algumas pessoas acreditam que até mesmo a chuva na região é um espetáculo da natureza a não ser dispensado.
Outra dica importante é ficar atento aos custos extras para roteiros exclusivos, como viagens em grupos privados, por exemplo. Os especialistas advertem que não é necessariamente importante gastar com pacotes extras para se fazer um bom safári.
Aproveite o espetáculo selvagem
Algumas dicas de ouro podem fazer o seu passeio se tornar algo inesquecível. A revista adverte aos fotógrafos de plantão: "foque na experiência, não no seu álbum de foto". Às vezes, a busca pelo clique perfeito pode atrapalhar o turista e o impedir de ver e sentir coisas imperdíveis ao longo do trajeto.
Quanto às roupas, prefira peças leves e em tons de marrom e caqui, e evite usar perfume porque os animais podem sentir o cheiro a quilômetros de distância.
Para finalizar, controle a ansiedade. A revista avisa que é preciso diminuir as expectativas quanto ao número de animais que irá ver, e lembra que, independente da quantidade, é preciso manter a mente aberta para perceber que todos os animais têm seus encantos e particularidades.