Martinica é o berço das flores tropicais no Caribe
Ilha de domínio francês no Caribe, a Martinica pode ser considerada um jardim de flores tropicais. No território de 1.100 km² - área semelhante a da cidade de São Paulo -, sendo 80 km de extensão e 39 km de largura, florescem helicônias, lírios tocha, gengibre tocha e jureias. Suavemente, as flores perfumam o trecho de praias banhado pelo Oceano Atlântico e mar caribenho, muito usado não só para nadar, mas, também, para caminhar na areia clarinha.
Conta a história que ao avistar a Martinica, em 1502, o espanhol Cristóvão Colombo apaixonou-se imediatamente. Sem poupar elogios, o navegador teria dito: “Esta é a mais linda, mais fértil, mais doce, mais calma e mais charmosa ilha do mundo”. Em 1635, a França passou a comandar o território, recebendo os dividendos da produção de cana-de-açúcar, café, rum e cacau.
As afirmações de Colombo são atestadas pelos turistas agraciados por exuberantes montanhas, grandes vales e florestas tropicais para passear. Esse presente da natureza é encontrado na parte norte da ilha, enquanto no outro extremo fica a região de relevo menos acidentado e com maior ocupação humana. A mesma natureza que enche os olhos de turistas é responsável, porém, pelos terremotos na Martinica. No último registro, em novembro de 2007, um abalo sísmico de magnitude 7,3 na escala Richter fez tremer a ilha com pouco mais de 429 mil habitantes.
Do Brasil, não há voos diretos para Fort de France, capital da Martinica. Contudo, duas vezes por semana, uma companhia aérea internacional faz a rota, com escala em Caiena, na Guiana Francesa. A visita é válida em qualquer época do ano, pois festivais e eventos ocorrem todos os meses. Mas quem procura agito, não pode deixar de ir na época de Carnaval. Os martinicanos param durante quatro dias para a festa que, assim como no Brasil, conta com bandas, trajes coloridos e desfiles com rainhas do Carnaval em carros alegóricos.
Durante a folia, os moradores da “ilha das flores” se divertem com o dançante ritmo zouk e doses de rum agrícola, considerado um dos melhores do mundo. Para produção da bebida, canas-de-açúcar são extraídas de plantações ao pé do Monte Pelée, um fértil solo vulcânico.
No quesito culinária, a comida local surpreende pela combinação de sabores. A sofisticada gastronomia francesa divide espaço com o primitivo sabor crioulo e um leve toque da cozinha africana. Nos restaurantes à beira da praia, geralmente comandados por chefs talentosos, serve-se do accras - fritura crioula feita com bacalhau e frutos do mar - ao legítimo foie gras. As delicias são harmonizadas com vinhos e espumantes de origem francesa. Uma boa pedida é ir ao restaurante Mas Langoustier, na capital, para experimentar um canelone de lagosta servido com cordeiro e pasta de amêndoas. O menu degustação custa 130 euros - moeda corrente na ilha -, o equivalente a R$ 343.
Falantes de francês e creoulo terão facilidade em obter informações turísticas em Martinica. Mas quem não domina esses idiomas não precisa se preocupar, pelo menos enquanto estiver na hospedagem. Isso porque, o inglês é falado na maioria dos hotéis. Exemplo disso é o La Bateliere, hotel com 198 espaçosos quartos, suítes e duplex com varandas com vista para o mar. Localizado em Fort de France, também dispõe de dois bares, restaurante e sala de conferência. A diária custa a partir de R$ 396.