Confira dez dicas para comprar bem e barato em Buenos Aires
As férias de julho acabaram, nem por isso Buenos Aires deixa de ser um dos roteiros mais atraentes para os brasileiros. E todos sabem disso. É o destino internacional mais procurado na operadora CVC, que pretende vender 120 mil para a Argentina, até o fim do ano. Não à toa, afinal R$ 1 vale cerca de 2,23 pesos.
E ir à capital portenha, sem dúvida, é sinônimo de compras boas. Existem pacotes apenas para os consumistas de plantão, que incluem claro, a região próxima à Calle Florida (e não Flórida, como muita gente teima em dizer).
Mas além desse já invadido endereço de compras - nas lojas da Florida quase se ouve mais português que espanhol - há outros bons lugares de compras, que nem todos os brasileiros conhecem, além dos vários shoppings, que qualquer guia turístico pode indicar.
É bom, porém, ficar atento antes de se esbaldar: muita gente se esquece de que a bagagem não pode passar dos 23 kg. A dica: se o objetivo é comprar, vá daqui para lá com a mala meio vazia. Confira alguns lugares:
Os preços foram pesquisados em agosto de 2010. Confira, aqui, preços e dicas atualizadas para comprar em Buenos Aires.
Outlets
A meca dos outlets fica na avenida Córdoba, em Palermo, entre os números 4.200 e 4.900 (é bom lembrar que lá as quadras medem 100 metros, então, é uma boa caminhada). Como referência, vá de táxi e peça para descer na esquina entre Córdoba e Scalabrini Ortiz.
São centenas de lojas com preços abaixo do praticado no mercado, muitas de marcas argentinas, como Orix (para mulheres), Caro Cuore (lingerie), Como Quiere que Te Quieras (moda adolescente romântica). Mas também tem Nike, Adidas, Levi's, Fila e uma infinidade de outras.
Não longe de lá, há vários outros outlets, principalmente nas ruas Aguirre e Gurruchaga, entre os números 700 e 900, na Villa Crespo. Para se ter uma ideia de localização: saindo da Córdoba deve-se seguir sentido Corrientes. Quer alguns nomes? Na Aguirre: Cacharel, Lacoste, Wanana, Portsaid, Brooksfield. Na Gurruchaga: Yves Saint Laurent, Wrangler, Puma.
Aliás, a Puma tem em muitos endereços. Na loja da avenida Gaona, 1.271, pouco mais distante e menor, há preços sensacionais, com tênis que podem custar menos de R$ 50, dependendo da época e da numeração.
Couro e lã
E já que está pela região, caminhe mais um pouco na mesma direção, pode ser pela Gurruchaga ou Scalabrini Ortiz e chegue à Calle Murillo e transversais. Em algumas poucas quadras estão dezenas de lojas de fábrica de couro. De botas a jaquetas, passando por calças, casacos e bolsas. Cores, texturas, modelagem para qualquer gosto. Uma variação enorme a preços bem convidativos. Há pacotes de compras que já incluem essa região, que fica a 11 quadras da Calle Córdoba.
Se quiser voltar pela Scalabrini Ortiz, em direção a Palermo, vai encontrar várias lojas de lãs, para quem adora um crochê ou um tricô.
Feiras
Em Palermo Soho, a partir da Plaza Cortazar, bem pequena pelos padrões das praças argentinas, saem várias ruas, que cruzam com outras e outras (Jorge Luis Borges, Honduras, Armênia, El Salvador, Gorriti, Costa Rica, Nicarágua são algumas delas). Há lojas para todos os gostos, estilos e objetos.
Na verdade, é um bom passeio para qualquer dia, mas é que entre quartas e domingos, vários espaços promovem feiras com roupas, bolsas, sapatos, cachecóis etc. Sabe o Mercado Mundo Mix? Algo assim, mas em vários lugares da região. E se encontram desde peças mais descoladinhas até mais caretas, mas vale fuçar e fuçar.
Antiguidades
A feira de Santelmo, aos domingos, é tradicionalíssima para antiguidades, tem de tudo um pouco: de colherzinhas de prata a discos antigos, vasos, pratos, lustres, cadeiras etc. Mas é turística, bem turística. Vale o passeio e até assistir a apresentações de tango na Plaza Dorrego. Tudo lá parece feito para turista, o que pode até acabar encarecendo as peças.
Se você estiver disposto a trazer algo bem antigo mesmo, vá até a Rua Gaona, altura do número 1400. Lá está a La Paloma Anteguedades, Remates Gaona e outras lojas muito legais. Na La Paloma, há vários lustres de cristais, que são embrulhados com jornal e papelão e podem vir como bagagem de mão, dependendo do peso e das proporções. Preço? Uns R$ 300 ou R$ 500 os não muito grandes. Pode parecer caro, mas se tratando de antiguidade, vale a pena. Há objetos menores, claro. A rua e o bairro não são assim tão lindos como Palermo ou Recoleta, mas aí vai seu interesse pelo objeto em questão.