Partenon e Capela Sistina: conheça monumentos que foram reconstruídos
Ao longo da história, construções históricas foram amplamente modificadas devido restaurações ou destruição por guerra
Alguns monumentos, obras e construções aparecem frente aos nossos olhos como verdadeiros vestígios históricos que nos levam numa viagem no tempo e impressionam pelo seu estado de conservação. Mas, muitas vezes, eles foram mais modificados, restaurados e reconstruídos do que pensamos. Veja esta seleção feita pelo site britânico Telegraph com 10 cartões-postais que não são os originais.
1) Afrescos de Michelangelo na Capela Sistina, Vaticano
Um grande projeto de restauração e limpeza do teto da Capela Sistina durante as décadas de 80 e 90 removeu manchas de fuligem, graxa e cera e retocou pedaços de gesso danificados dos famosos afrescos pintados por Michelangelo. Cores novas e brilhantes foram reveladas, mas, segundo especialistas, detalhes importantes, como os olhos de diversas figuras traçados em preto, foram esfregadas e perdidas.
) Pirâmide do Sol, Teotihuacán, México
Situada em Teotihuacán, perto da Cidade do México, a Pirâmide do Sol é um famoso cartão postal muito visitado pelos turistas. A pirâmide começou a ser erguida no ano de 1.150 a.C. e conheceu diversas etapas antes de ficar em ruínas. O monumento que conhecemos hoje foi reconstruído em 1910, com diversas diferenças em relação à versão original.
3) Varsóvia, Polônia
Cerca de 85% dos edifícios de Varsóvia, capital da Polônia, foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial. Inscrita no Patrimônio Mundial da UNESCO, a Velha Cidade foi inteiramente reconstruída de maneira impressionante, recuperando em sua totalidade um conjunto de construções erguidas entre os séculos 13 e 20.
4) Dresden, Alemanha
Cidade do leste da Alemanha, Dresden foi destruída em sua quase totalidade durante um dos bombardeios mais intensos da Segunda Guerra Mundial. Inteiramente reconstruída ao longo dos anos, a cidade teve uma réplica da igreja luterana Frauenkirche inaugurada em 2005, recuperando um dos cartões-postais mais famosos de sua história.
5) Fachada oeste da Catedral de Rouen, Rouen, França
A imponente Catedral de Rouen, no noroeste da França, é uma bela construção de arquitetura gótica. Uma recente restauração da fachada oeste da Catedral, muitas vezes reproduzida pelo pintor Claude Monet, terminou mudando a localização de diferentes figuras esculpidas, deixando para trás a criação original.
6) Partenon, Atenas, Grécia
Construído como templo para a deusa Atenas no século 5 a.C., o Partenon da Acrópole da capital grega passou a ser nos anos seguintes uma igreja e uma mesquita, com minarete incluído. Após ter sido destruída por uma bala de canhão no final do século 17, a estrutura foi reconstruída diversas vezes até chegar à imagem que conhecemos hoje.
7) Mármores de Elgin, Londres, Inglaterra
Coleção de esculturas gregas antigas encontradas atualmente no Museu Britânico de Londres, os Mármores de Elgin têm mais de 2.500 anos. Ao longo desse período, sua pintura original desapareceu e terminou de ser eliminada durante uma limpeza profunda nos anos 1930, deixando as esculturas apenas com a cor da pedra em que foram talhadas.
8) HMS Victory, Portsmouth, Inglaterra
Magnífico navio de guerra britânico do século 18, o HMS Victory pode ser visitado na cidade inglesa de Portsmouth. Mas, apenas 17% das pranchas de madeira do navio são da construção original, e os turistas encontram hoje o que seria praticamente uma réplica do barco antigo.
9) Os Embaixadores de Holbein, Londres, Inglaterra
Em razão de seus mais de cinco séculos de idade, o quadro Os Embaixadores, de Hans Holbein passou por uma restauração, que foi completada em 1997. Hoje, é difícil para os visitantes da Galeria Nacional de Londres perceberem qual parte da obra foi feita pelo pintor original e qual foi realizada pelos restauradores no século 20.
10) Teatro Fenice, Veneza, Itália
Inaugurado no século 18, o Teatro Fenice foi um dos teatros líricos mais importantes e belos da Europa. O Fenice, ou “Fênix”, faz jus ao seu nome por ter sido destruído por dois incêndios, o primeiro em 1836 e o segundo em 1996, quando teve de ser reconstruído para ser aberto novamente em 2003.