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Viaje pelo mundo inspirado por 10 casais famosos da história

28 fev 2014 - 11h27
(atualizado em 3/12/2014 às 14h18)
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Falta inspiração na hora de escolher o destino da viagem? Quer um lugar que inspire romantismo e paixão? Que tal, então, buscar inspiração na história ou nas artes e seguir os passos de alguns dos mais famosos casais do mundo? De Cleópatra e Marco Antônio a Bonnie e Clyde, de Romeu e Julieta a Juan e Evita Perón, estes personagens da mitologia, da literatura ou mesmo da história podem ter finais um tanto trágicos, mas, reais ou fictícios, continuam a inspirar gerações de apaixonados. A seguir, saiba mais sobre 10 célebres casais e onde suas histórias de amor se passaram.

*A descrição das histórias pode conter spoilers.

1. Tristão & Isolda

A lenda medieval conta a história do bravo Tristão, um dos Cavaleiros da Távola Redonda, que cai de amores pela princesa irlandesa Isolda, esposa prometida para seu tio, o Rei Marcos da Cornualha. Ele é encarregado de buscá-la na Irlanda para o casamento, mas os dois tomam acidentalmente uma poção de amor que os fazem apaixonarem-se irremediavelmente, gerando acontecimentos tão românticos quanto trágicos. A lenda tornou-se a célebre ópera do alemão Richard Wagner, e um não tão célebre filme com James Franco em 2006. Um belo passeio romântico pela capital da civilização celta, Dublin, inspira casais apaixonados. Um dos “tesouros escondidos” da cidade é a Isolde's Tower (Torre de Isolda), cujos alicerces foram somente descobertos em 1993. Os restos da estrutura do século 13 ficam na Exchange Street Lower, perto da Christ Church Cathedral.

2. Bonnie & Clyde

O casal de foras-da-lei mais famoso dos Estados Unidos, Bonnie Parker e Clyde Barrow conheceram-se quanto tinham 20 e poucos anos, em um café onde Bonnie trabalhava em Dallas, Texas. Foi amor à primeira vista. E também o início de uma épica e sangrenta parceria, que atravessou os EUA, numa sequência de assaltos a bancos e postos de gasolina, e diversas mortes pelo caminho. Alguns defendem que Bonnie apenas seguia Clyde e ajudava nos crimes, e que talvez nunca tenha disparado contra quaisquer das vítimas da quadrilha. Mas o amor incondicional por Clyde acabou de forma trágica, quando, em um confronto com a polícia, ambos foram mortos a tiros. Clyde está enterrado no Western Heights Cemetery, enquanto os restos mortais de Bonnie estão no Crown Hill Cemetery, ambos em Dallas. Já em Gibsland, no estado da Louisiana, o restaurante onde a dupla fez a última refeição, virou o “Bonnie & Clyde Ambush Museum”

3. Shah Jahan & Mumtaz Mahal

Conta-se que Shah Jahan, imperador do Império Mogol, apaixonou-se por sua amada Mumtaz Mahal (alcunha que signigica “a joia do palácio”) na primeira vez em que se encontraram. Casaram e tiveram 14 filhos. Ela, porém, morreu após o parto do último filho. Shah Jahan ficou absolutamente inconsolável e ordenou a construção de um mausoléu em forma de palácio, onde sua amada pudesse descansar eternamente. Estava criado o lendário Taj Mahal, que é considerada a maior prova de amor do mundo. Milhões de pessoas visitam Agra, na Índia, todos os anos para visitar esta que foi considerada uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo, Incrustada com pedras preciosas e com sua cúpula costurada com fios de ouro.

4. Cleópatra & Marco Antônio

A romântica, violenta e trágica história de amor de Cleópatra e Marco Antônio sempre fascionou os apaixonados, e atrai visitantes ao Egito em busca de detalhes de sua trajetória: do início da fulminante paixão dos dois – logo após o assassinato de César, amante de Cleópatra – à interferência do ambicioso Otávio (que queria destronar Marco Antônio e acabar com o romance), até a fatídica morte de Cleópatra, ao deixar-se picar por uma cobra venenosa, seguido pelo suicídio de Marco Antônio. Tudo muito romântico (verídico ou não), e que cuja história se espalha pela cultura do Egito, seja em sua capital, Cairo, ou em Alexandria, onde um museu subaquático reconta parte da história de uma civilização perdida.

<p>Londres, o destino da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto</p>
Londres, o destino da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto
Foto: John Goode/Flickr
5. Juan Domingo & Evita Perón

O mais famoso casal da Argentina também é inspiração para muitos. María Eva Duarte conheceu Juan Perón, então vice-presidente, em 1944, aos 25 anos. No ano seguinte, ele foi preso pelos militares, e ela passou a organizar comícios em sua defesa. Pouco tempo depois, casaram-se e, em 1946, Perón foi eleito presidente. Famosa por sua elegância e carisma, ela elevou o status de aprovação do peronismo no país. Acabou morrendo aos 33 anos, vítima de câncer, deixando o amado e uma nação inteira de luto. Até hoje é uma das figura mais emblemáticas da América do Sul. Claro que Buenos Aires louva Evita até os dias de hoje: tem museu dedicado a ela, seu mausoléu no icônico Cemitério da Recoleta atrai multidões e seu rosto estampa notas comemorativas de 100 pesos argentinos.

6. Páris & Helena de Troia

Uma das histórias mais violentas da mitologia grega: Helena, filha de Zeus, e esposa do Rei Menelau de Esparta, tinha a reputação de ser a mulher mais bela do mundo. O príncipe troiano Páris, num encontro com os dois, encantou-se por Helena e convenceu-a a fugir com ele. Menelau preparou uma expedição para recuperar sua esposa, também com interesses econômicos, eclodindo a tão famosa a Guerra de Troia, que durou 10 anos. Atenas, capital da Grécia, exala romantismo e vale a pena explorar a mitologia grega e seus casais apaixonados e trágicos em meio à tanta história e belezas naturais.

7. Romeu & Julieta

Provavelmente a história de amor mais famosa de todos os tempos, a tragédia escrita pelo inglês William Shakespeare não cessa em inspirar versões e releituras para o teatro, cinema e televisão. Romeu e Julieta se apaixonaram perdidamente, mas tiveram a infelicidade de pertencer a dois clãs inimigos, os Capuletos e os Montéquios, na comuna italiana de Verona. Muito lutam para enfrentar tamanha rivalidade, mas o fim trágico e apaixonado inspira (ou deprime) amantes de todas as épocas. A ensolarada Verona, declarada Patrimônio da Humanidade da UNESCO, é uma das cidades mais românticas da Europa. E claro que Romeu e Julieta são parte central do turismo por lá. No centro da cidade, há uma vila onde, segundo dizem, Julieta morava, que atraicentenas de turistas.

8. Rainha Vitória & Príncipe Alberto

Vitória, sobrinha do Rei Guilherme IV,  tornou-se Rainha do Reino Unido aos 17 anos de idade. Apaixonou-se por seu primo direto, o príncipe Alberto. Casaram-se em 1840, tiveram 9 filhos e amaram-se até a morte prematura de Albert, em 1861. Desolada, a rainha nunca recuperou-se da morte  do marido, evitando aparecer em público por anos a fio. Mesmo voltando à vida pública, passou a somente vestir preto, honrando a memória do amado, o que fez por mais mais de 40 anos. A Rainha Vitória passou o resto de seu reinado homenageando Alberto, com a construção de monumentos que levam seu nome. Em Londres, na Inglaterra, pode-se apreciar diversas destas maravilhas, entre elas o imponente museu Victoria & Albert e a fantástica casa de espetáculos Royal Albert Hall.

9. Mata Hari & Vadim Maslov

Ela era uma dançarina de cabaré holandesa (cujo verdadeiro nome era Margaretha Geertruida Zelle) e ele um oficial do exército russo, e encontraram-se pela primeira vez em Paris, em 1916. Durante a 1ª Guerra Mundial, Mata Hari deu início a seu trabalho de espionagem para os alemães. Quando ela se apaixona pelo jovem e belo Vadim Maslov, decide mudar de lado e oferecer seus serviços para os franceses. Ela acabou acusada pelo Serviço Secreto Francês de fornecer informações cruciais para os alemães, e foi presa, julgada e executada. O Fries Museum, em Leeuwarden (a uma hora e meia ao norte de Amsterdam), cidade natal de Mata Hari, conta com uma sala dedicada a ela, incluindo seus cadernos de anotações e outros objetos pessoais.

10. Victor Hugo & Juliette Drouet

A história de amor do francês Victor Hugo – o célebre autor de Les Misérables – e Juliette Drouet é digna de um de seus romances. Eles se conheceram em Paris, quando Juliette ainda era uma atriz. Apaixonaram-se e ele pede que ela deixe sua vida artística para acompanhá-lo e ser sua musa inspiradora durante quase meio século (incluindo durante seu exílio em Guernsey). Ela, no entanto, sempre independente, recusou-se a casar-se ou dividir a mesma casa com o escritor, para que mantivessem a paixão sempre acesa. As duas casas em que Victor Hugo morou na França tornaram-se museus. A primeira fica em Paris – onde ele viveu entre 1832 e 1848 – no segundo andar do Hôtel de Rohan-Guéménée, e conta com a a Sala de Porcelana, representando seu exílio em Guernsey, e projetado por Hugo para Juliette, repleto de alusões românticas à amada. A outra, chamada Haunteville House, fica na própria ilha de Guernsey, onde ele viveu entre 1856 e 1870.

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