Viaje pelo mundo inspirado por 10 casais famosos da história
Falta inspiração na hora de escolher o destino da viagem? Quer um lugar que inspire romantismo e paixão? Que tal, então, buscar inspiração na história ou nas artes e seguir os passos de alguns dos mais famosos casais do mundo? De Cleópatra e Marco Antônio a Bonnie e Clyde, de Romeu e Julieta a Juan e Evita Perón, estes personagens da mitologia, da literatura ou mesmo da história podem ter finais um tanto trágicos, mas, reais ou fictícios, continuam a inspirar gerações de apaixonados. A seguir, saiba mais sobre 10 célebres casais e onde suas histórias de amor se passaram.
*A descrição das histórias pode conter spoilers.
1. Tristão & Isolda
A lenda medieval conta a história do bravo Tristão, um dos Cavaleiros da Távola Redonda, que cai de amores pela princesa irlandesa Isolda, esposa prometida para seu tio, o Rei Marcos da Cornualha. Ele é encarregado de buscá-la na Irlanda para o casamento, mas os dois tomam acidentalmente uma poção de amor que os fazem apaixonarem-se irremediavelmente, gerando acontecimentos tão românticos quanto trágicos. A lenda tornou-se a célebre ópera do alemão Richard Wagner, e um não tão célebre filme com James Franco em 2006. Um belo passeio romântico pela capital da civilização celta, Dublin, inspira casais apaixonados. Um dos “tesouros escondidos” da cidade é a Isolde's Tower (Torre de Isolda), cujos alicerces foram somente descobertos em 1993. Os restos da estrutura do século 13 ficam na Exchange Street Lower, perto da Christ Church Cathedral.
2. Bonnie & Clyde
O casal de foras-da-lei mais famoso dos Estados Unidos, Bonnie Parker e Clyde Barrow conheceram-se quanto tinham 20 e poucos anos, em um café onde Bonnie trabalhava em Dallas, Texas. Foi amor à primeira vista. E também o início de uma épica e sangrenta parceria, que atravessou os EUA, numa sequência de assaltos a bancos e postos de gasolina, e diversas mortes pelo caminho. Alguns defendem que Bonnie apenas seguia Clyde e ajudava nos crimes, e que talvez nunca tenha disparado contra quaisquer das vítimas da quadrilha. Mas o amor incondicional por Clyde acabou de forma trágica, quando, em um confronto com a polícia, ambos foram mortos a tiros. Clyde está enterrado no Western Heights Cemetery, enquanto os restos mortais de Bonnie estão no Crown Hill Cemetery, ambos em Dallas. Já em Gibsland, no estado da Louisiana, o restaurante onde a dupla fez a última refeição, virou o “Bonnie & Clyde Ambush Museum”
3. Shah Jahan & Mumtaz Mahal
Conta-se que Shah Jahan, imperador do Império Mogol, apaixonou-se por sua amada Mumtaz Mahal (alcunha que signigica “a joia do palácio”) na primeira vez em que se encontraram. Casaram e tiveram 14 filhos. Ela, porém, morreu após o parto do último filho. Shah Jahan ficou absolutamente inconsolável e ordenou a construção de um mausoléu em forma de palácio, onde sua amada pudesse descansar eternamente. Estava criado o lendário Taj Mahal, que é considerada a maior prova de amor do mundo. Milhões de pessoas visitam Agra, na Índia, todos os anos para visitar esta que foi considerada uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo, Incrustada com pedras preciosas e com sua cúpula costurada com fios de ouro.
4. Cleópatra & Marco Antônio
A romântica, violenta e trágica história de amor de Cleópatra e Marco Antônio sempre fascionou os apaixonados, e atrai visitantes ao Egito em busca de detalhes de sua trajetória: do início da fulminante paixão dos dois – logo após o assassinato de César, amante de Cleópatra – à interferência do ambicioso Otávio (que queria destronar Marco Antônio e acabar com o romance), até a fatídica morte de Cleópatra, ao deixar-se picar por uma cobra venenosa, seguido pelo suicídio de Marco Antônio. Tudo muito romântico (verídico ou não), e que cuja história se espalha pela cultura do Egito, seja em sua capital, Cairo, ou em Alexandria, onde um museu subaquático reconta parte da história de uma civilização perdida.
5. Juan Domingo & Evita Perón
O mais famoso casal da Argentina também é inspiração para muitos. María Eva Duarte conheceu Juan Perón, então vice-presidente, em 1944, aos 25 anos. No ano seguinte, ele foi preso pelos militares, e ela passou a organizar comícios em sua defesa. Pouco tempo depois, casaram-se e, em 1946, Perón foi eleito presidente. Famosa por sua elegância e carisma, ela elevou o status de aprovação do peronismo no país. Acabou morrendo aos 33 anos, vítima de câncer, deixando o amado e uma nação inteira de luto. Até hoje é uma das figura mais emblemáticas da América do Sul. Claro que Buenos Aires louva Evita até os dias de hoje: tem museu dedicado a ela, seu mausoléu no icônico Cemitério da Recoleta atrai multidões e seu rosto estampa notas comemorativas de 100 pesos argentinos.
6. Páris & Helena de Troia
Uma das histórias mais violentas da mitologia grega: Helena, filha de Zeus, e esposa do Rei Menelau de Esparta, tinha a reputação de ser a mulher mais bela do mundo. O príncipe troiano Páris, num encontro com os dois, encantou-se por Helena e convenceu-a a fugir com ele. Menelau preparou uma expedição para recuperar sua esposa, também com interesses econômicos, eclodindo a tão famosa a Guerra de Troia, que durou 10 anos. Atenas, capital da Grécia, exala romantismo e vale a pena explorar a mitologia grega e seus casais apaixonados e trágicos em meio à tanta história e belezas naturais.
7. Romeu & Julieta
Provavelmente a história de amor mais famosa de todos os tempos, a tragédia escrita pelo inglês William Shakespeare não cessa em inspirar versões e releituras para o teatro, cinema e televisão. Romeu e Julieta se apaixonaram perdidamente, mas tiveram a infelicidade de pertencer a dois clãs inimigos, os Capuletos e os Montéquios, na comuna italiana de Verona. Muito lutam para enfrentar tamanha rivalidade, mas o fim trágico e apaixonado inspira (ou deprime) amantes de todas as épocas. A ensolarada Verona, declarada Patrimônio da Humanidade da UNESCO, é uma das cidades mais românticas da Europa. E claro que Romeu e Julieta são parte central do turismo por lá. No centro da cidade, há uma vila onde, segundo dizem, Julieta morava, que atraicentenas de turistas.
8. Rainha Vitória & Príncipe Alberto
Vitória, sobrinha do Rei Guilherme IV, tornou-se Rainha do Reino Unido aos 17 anos de idade. Apaixonou-se por seu primo direto, o príncipe Alberto. Casaram-se em 1840, tiveram 9 filhos e amaram-se até a morte prematura de Albert, em 1861. Desolada, a rainha nunca recuperou-se da morte do marido, evitando aparecer em público por anos a fio. Mesmo voltando à vida pública, passou a somente vestir preto, honrando a memória do amado, o que fez por mais mais de 40 anos. A Rainha Vitória passou o resto de seu reinado homenageando Alberto, com a construção de monumentos que levam seu nome. Em Londres, na Inglaterra, pode-se apreciar diversas destas maravilhas, entre elas o imponente museu Victoria & Albert e a fantástica casa de espetáculos Royal Albert Hall.
9. Mata Hari & Vadim Maslov
Ela era uma dançarina de cabaré holandesa (cujo verdadeiro nome era Margaretha Geertruida Zelle) e ele um oficial do exército russo, e encontraram-se pela primeira vez em Paris, em 1916. Durante a 1ª Guerra Mundial, Mata Hari deu início a seu trabalho de espionagem para os alemães. Quando ela se apaixona pelo jovem e belo Vadim Maslov, decide mudar de lado e oferecer seus serviços para os franceses. Ela acabou acusada pelo Serviço Secreto Francês de fornecer informações cruciais para os alemães, e foi presa, julgada e executada. O Fries Museum, em Leeuwarden (a uma hora e meia ao norte de Amsterdam), cidade natal de Mata Hari, conta com uma sala dedicada a ela, incluindo seus cadernos de anotações e outros objetos pessoais.
10. Victor Hugo & Juliette Drouet
A história de amor do francês Victor Hugo – o célebre autor de Les Misérables – e Juliette Drouet é digna de um de seus romances. Eles se conheceram em Paris, quando Juliette ainda era uma atriz. Apaixonaram-se e ele pede que ela deixe sua vida artística para acompanhá-lo e ser sua musa inspiradora durante quase meio século (incluindo durante seu exílio em Guernsey). Ela, no entanto, sempre independente, recusou-se a casar-se ou dividir a mesma casa com o escritor, para que mantivessem a paixão sempre acesa. As duas casas em que Victor Hugo morou na França tornaram-se museus. A primeira fica em Paris – onde ele viveu entre 1832 e 1848 – no segundo andar do Hôtel de Rohan-Guéménée, e conta com a a Sala de Porcelana, representando seu exílio em Guernsey, e projetado por Hugo para Juliette, repleto de alusões românticas à amada. A outra, chamada Haunteville House, fica na própria ilha de Guernsey, onde ele viveu entre 1856 e 1870.