Mulheres têm poder e privilégios em comunidade na China
Nenhum estudo foi feito para saber se as mulheres da etnia mosuo possuem o segundo dedo do pé maior do que o dedão. No entanto, há entre elas uma boa amostragem de esposas que tomam as rédeas do lar. Os mosuo, que habitam o sudoeste da China, são um dos poucos povos do mundo que vivem em uma comunidade matriarcal.
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Nas aldeias em volta do lago Lugu, ou espalhadas pelo Himalaia, entre as províncias de Sichuan e Yunnan, são as mulheres as responsáveis pela casa, que herdam as propriedades e tendem a tomar as decisões nos negócios. Lá, as crianças recebem só o sobrenome da mãe.
Uma típica casa mosuo é habitada por diversas gerações, de avós a netos. Todos costumam dividir cômodos, exceto as mulheres, que, quando atingem a puberdade, ganham um quarto particular e o direito de convidar um homem para passar lá as noites. De manhã, antes de o sol nascer, ele precisa voltar para sua própria família. Geralmente, as relações são estáveis, embora se separar e escolher outro marido não seja nenhum problema.
Os mosuo já reconhecem as particularidades de sua cultura e usam isso como atrativo. À beira do lago Lugu, a cidade de Luoshui já está bastante desenvolvida para o turismo e é onde normalmente estacionam os ônibus. Se o viajante quiser evitar as aglomerações de estrangeiros e chineses, deve optar por vilas menores, que costumam ser mais tranqüilas.
O apelo cultural da região - onde vivem também outras minorias chinesas, como os naxi - vai além da distinta forma de organização das famílias mosuo. O grupo é famoso ainda por seus cantos, danças e pelas coloridas roupas.
O lago Lugu em si é um cartão-postal. Situado 2.685 metros acima do nível do mar, ele ocupa 48,5 quilômetros quadrados e está rodeado por grandes montanhas, florestas e praias. Experimente passar uma tarde de outono ou primavera, quando o clima é mais agradável, fazendo um passeio de barco.