Nordeste: onde fica a Lagoa da Coca-Cola
Atrativo em meio à maior reserva de Mata Atlântica [...]
A menos de 100 km da capital potiguar, tem um Rio Grande do Norte que nem todo turista conhece.
Na divisa com Mataraca, na Paraíba, fica Baía Formosa, município que ganhou o mundo como a terra natal de Ítalo Ferreira, primeiro surfista a receber uma medalha de ouro pelo esporte, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.
É nesse destino no extremo sul do estado que fica a Lagoa da Coca-Cola, na Mata da Estrela, em meio à maior reserva de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte e maior remanescente de Mata Atlântica sobre dunas do Brasil, segundo a Prefeitura de Baia Formosa.
Lagoa da Coca-Cola
Na verdade, esse é o nome fantasia da Lagoa Araraquara, cujo apelido em referência ao famoso refrigerante se deve às suas águas escuras, por conta da pigmentação das raízes das árvores e da composição química do solo rico em iodo e ferro.
O banho na lagoa pode ser combinado com a Caminhada Ecológica na Mata Estrela, entre árvores de pau-brasil, gameleiras e jatobás, em trilhas como a do Pagão e a da Gameleira.
Baía Formosa tem também 26 km de praias que podem ser visitadas em passeios de buggy até a Praia do Sagi. Outro atrativo desse destino a menos de 100 km da capital potiguar é o Farol de Bacopari, construção com 17 metros de altura e alcance de até 30 quilômetros.
O município faz parte do Polo Costa das Dunas, uma extensa área turística que começa no norte do estado, em São Miguel do Gostoso, e abrange destinos como Natal, Parnamirim e Tibau do Sul, onde fica a Praia de Pipa.
Barra do Cunhaú
Do outro lado do estreito rio Catú, onde carros seguem sobre jangadas rústicas de madeira até a margem seguinte, a Barra do Cunhaú dá as costas para o turismo de massa e segue a vida na direção dos ventos.
Essa simpática vila de pescadores fica no município de Caguaretama, vizinha a Baía Formosa, e é um dos cenários ainda desconhecidos dos 400 km do litoral potiguar.
Para um primeiro contato, comece com o passeio de barco pelo rio Curimataú, em que os passageiros descem para conhecer o manguezal do outro lado da margem, fazer trilhas curtas e conhecer a (quase) deserta Praia da Restinga, conhecida também como Praia do Outro Lado e já em território da vizinha Baía Formosa.
Se o programa do dia for fazer nada, contrate alguma das pequenas embarcações no centro do vilarejo e peça para desembarcar em algumas das praias desertas da margem direita do rio Curimataú. A sensação é sempre a de ser o primeiro turista naquelas terras alagadas e protegidas dos ventos.