Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Número de barracos em voos bate recorde; o que explica esse aumento?

Associação registrou 585 casos em 2022; ocorrências mais frequentes são fumar no avião, atos de vandalismo e comportamento agressivo

12 jun 2023 - 10h37
(atualizado às 17h47)
Compartilhar
Exibir comentários
Registro de briga em voo da Gol que saía de Salvador, em fevereiro
Registro de briga em voo da Gol que saía de Salvador, em fevereiro
Foto: Reprodução/ Terra

Se você viaja muito de viagem ou se mantém atento ao noticiário, já deve ter percebido que as confusões nos voos parecem mais frequentes. Há brigas entre passageiros, passageiros e tripulantes e até casos de agressão e preconceito, a exemplo dos recentes episódios de racismo.

Pois saiba que essa impressão tem fundamento. Um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aponta o registro de 585 casos de indisciplina de passageiros em 2022.

Como destaca o "G1", trata-se de um recorde nos últimos quatro anos e também o dobro do registrado em 2019, antes da pandemia. As principais ocorrências são fumar no avião, atos de vandalismo e comportamento agressivo.

Lista suja de barraqueiros

Em meio a isso, a publicação aponta que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avalia a criação de uma lista para impedir o embarque de passageiros classificados como "barraqueiros". A legislação atualmente em vigor já prevê o banimento de agressores em voos da companhia aérea onde ocorreu a agressão por até um ano.

Quando a infração for cometida antes do embarque, o passageiro pode ser impedido de entrar no avião. Entre outras medidas, o piloto também pode desembarcar o passageiro, mesmo que, para isso, precise pousar o avião no aeroporto mais próximo, e acionar a Polícia Federal (PF). 

A companhia aérea, assim como os demais passageiros, podem ainda ingressar com pedido de indenização.

Culpa da pandemia?

O aumento considerável da violência entre o período pré e pós-pandêmico leva a análises que relacionam as confusões nos voos ao impacto da pandemia e suas restrições no comportamento humano. 

Ao falar com o portal, o professor Sigmar Malvezzi, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP/USP), disse que a avalanche de casos de Covid-19 agravou o desmanche das normas de conduta social. Na avaliação dele, a busca por reconhecimento e prazer - natural para o ser humano - foi prejudicada com as restrições sociais, o que aumentou a pressão sobre as pessoas.

Em ambientes como o avião, o cenário se repete. "Você não pode se mexer, você não pode levantar da cadeira e dar uma voltinha, esticar as pernas frequentemente. Então, esse tipo de situação aumenta a frustração do indivíduo", avalia.

A ideia é que, ao sentir sua liberdade limitada, a pessoa perde o controle e age de modo destemperado. Ou seja, a tolerância caiu e imposições de limite geram respostas mais agressivas.

Fonte: Redação Terra Você
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade