O que aprendi visitando um campo de concentração na Alemanha
Para quem gosta de história, conhecer o campo de concentração de Dachau é um passeio muito emocionante para se fazer a partir de Munique, na Alemanha.
Dachau é uma pequena cidade a cerca de 20 quilômetros de Munique que abrigou o primeiro campo de concentração da Europa e serviu de modelo para os demais campos construídos durante a guerra. Funcionou de 1933 até 1945, quando os últimos prisioneiros foram libertados pelas tropas americanas.
A visita é muito tocante e comovente, pois nos transporta para a parte mais triste e sombria da história da Alemanha. É possível conhecer a história de Dachau através de fotos, textos, vídeos e objetos da época. Pode-se, ainda, visitar os dormitórios e instalações onde viviam os prisioneiros, as câmaras de gás onde eram executados os presos e o forno onde estes eram cremados.
Se é difícil visitar um campo de concentração, é ainda mais difícil pensar que o que vimos nos filmes ou lemos nos livros aconteceu, de fato, com pessoas reais. Faz a gente se perguntar “Como a humanidade chegou neste grau de crueldade?”…e, pensando bem, talvez não seja menos cruel do que assistimos hoje na televisão sobre a guerra da Síria.
Além do museu, o local abriga memoriais religiosos em homenagem aos que sofreram e morreram ali, como o Memorial Judeu, Capela Russa Ortodoxa, Igreja Protestante da Reconciliação, Capela Católica da Agonia de Cristo e um Convento Carmelita.
A visita é gratuita e é possível alugar um áudio guia por €3,50, o que ajuda bastante a entender melhor a visita. Nós, no entanto, escolhemos fazer uma visita guiada, com um guia local explicando a história e tudo o que aconteceu na época…recomendo!
Viajar me ensina sempre…me ensina que a história é cíclica, que a humanidade evoluiu pouco apesar de ter passado por tanta coisa e que é nossa função manter viva a história. Aprender o que aconteceu e ensinar às novas gerações para que, quem sabe, no futuro, tenhamos um mundo verdadeiramente melhor.
Que possamos viajar e aprender, sempre!