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Paraty: guia de sobrevivência para a Flip 2018

Veja dicas para driblar as filas, não perder passeios e aproveitar ao máximo os dias em Paraty

23 jul 2018 - 17h23
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Você conseguiu os ingressos que queria, está feliz com a hospedagem reservada (uma vitória, sem dúvida) e sabe como vai chegar a Paraty para curtir a Flip. A festa literária mais legal do País começa na quarta-feira (25 de julho) e vai até domingo (29).

A estrutura principal do evento será montada na Praça da Matriz; ou seja, como no ano passado, vai ficar tudo "do rio para cá". Uma tenda para 500 pessoas receberá as mesas de debates com autores (ingressos a R$ 55; ainda há alguns disponíveis no site). Em frente, outra tenda, para 700 pessoas sentadas e quantas mais couberem em pé nas laterais, exibirá os debates em telão gratuitamente.

Confira seis dicas para aproveitar o melhor da Flip, em Paraty
Confira seis dicas para aproveitar o melhor da Flip, em Paraty
Foto: Luciano Andrade / Estadão

No ano passado, o público total foi de 25 mil pessoas em Paraty durante os cinco dias de evento, segundo a organização. É um número capaz de lotar as ruas estreitas com calçamento de pedra da cidade (alerta fashion: nada de salto alto). Veja dicas para não passar (tanto) aperto na multidão.

1. Autógrafos sem (tanta) fila

Dá para reduzir o tempo de espera. Compre antes os livros que quer que sejam assinados pelos autores - seja na loja da Flip, seja antes da viagem. Isso porque o movimento do público segue um padrão: o debate acaba, vai todo mundo comprar o volume e só depois para a fila do autógrafo. Com a parte da compra previamente resolvida, você chega antes à fila.

2. Outras boas histórias

Flip não é só mesa de debate. O número de casas parceiras aumentou de oito, no ano passado, para 20, nesta edição - nelas, toda a programação é gratuita. Destaques: Flipei, a Festa Literária Pirata das Editoras Independentes, que terá saraus, slams e lançamentos alternativos (Rio Perequeaçu, altura da Rua Josefina Gibrail Costa); e Casa Insubmissa de Mulheres Negras, espaço de encontro entre escritoras, artistas, pesquisadoras e autoras negras da Bahia (Rua do Fogo, 4). A Casa do Iphan vai promover a candidatura de Paraty a Patrimônio da Unesco.

E há ainda as programações da Flipinha, com central na Praça da Matriz e cortejos literários, e da Flipzona, na Casa de Cultura, que foca diálogos da literatura com outras linguagens.

3. Um lugar à mesa

Nos horários padrão das refeições não tem jeito: vai ter espera nos restaurantes. A chave é apostar em horários deslocados, como almoçar às cinco da tarde. Durante a Flip, vários restaurantes funcionam do almoço ao jantar sem intervalo; é o caso do concorrido Pippo, na Pousada do Sandi (24-3371-2100). O Banana da Terra (24-3371-1725) e o Quintal das Letras (na Pousada Literária; 24-3371-1568), dois dos restaurantes mais famosos de Paraty, aceitam reservas para o período e ainda têm vagas.

O site da Flip tem uma lista de restaurantes com as indicações de faixa de preço. E não menospreze os tabuleiros de doces vendidos nas ruas: eles são verdadeiros desbundes gourmet em Paraty.

Edição deste ano da Flip começa na quarta, 25, e vai até domingo, 29
Edição deste ano da Flip começa na quarta, 25, e vai até domingo, 29
Foto: Luciano Andrade / Estadão

4. Passeios garantidos

Normalmente, basta chegar ao cais antes das 10 horas da manhã e se encaixar num passeio de escuna. São dezenas delas e é pouco provável ficar sem vagas mas, por via das dúvidas, peça ajuda à pousada e reserve com um dia de antecedência. Outros passeios e tipos de embarcações: Paraty Tours e Estrela da Manhã.

5. Olho na previsão do tempo

Meu aplicativo favorito de meteorologia, Weather Channel, avisa que pode ter chuva leve na quarta-feira (25) e no fim do domingo (29). A chuva causa um friozinho chato em Paraty, mas incômodo mesmo é o guarda-chuva: não dá certo. Leve capa. Felizmente, os outros dias serão abertos e com temperatura na casa dos 24 graus. Mas confira tudo antes de fazer a mala.

6. Disposição, simpatia e cara de pau

As ruas são a coisa mais legal da Flip; caminhe muito, caminhe à toa, para todo lado. É nas ruas que você encontra aquele autor em seu tempo livre e pode arriscar pedir um autógrafo e uma foto. Que estão os malucos de todo tipo declamando, representando, performando. Que você acha portas abertas e dentro delas as melhores festas, aquelas que não são divulgadas. É tudo questão de disposição - e muito respeito para entender e acatar, imediatamente e com gentileza, os eventuais "nãos". Divirta-se.

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