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Pinguins são devolvidos ao mar, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro

O grupo era formado por oito pinguins-de-Magalhães, provenientes da Patagônia [...]

10 out 2024 - 07h17
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Após quatro meses de atividades do Instituto Albatroz junto ao PMP (Projeto de Monitoramento de Praias), a Região dos Lagos viu a soltura da primeira turma de pinguins reabilitados pela instituição nesta temporada, em Cabo Frio (RJ).

O evento aconteceu na última quarta-feira (9/10), quando um grupo de oito pinguins-de-Magalhães retornou ao mar na praia do Pontal do Peró, em Cabo Frio. Por serem animais gregários, as avem devem ser soltas sempre em grupo.

"É um momento único. Por isso, reunimos quase todos os colaboradores para participar da ação na praia do Peró", celebrou a médica veterinária Daphne Goldberg, Responsável Técnica da instituição.

Eduardo Pimenta/Divulgação
Eduardo Pimenta/Divulgação
Foto: Viagem em Pauta

Desde o mês de julho, a equipe do Instituto Albatroz vem resgatando e reabilitando os pinguins, na região de Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, envolvendo profissionais, como biólogos, médicos veterinários, tratadores e monitores de campo.

Assim como explicou Daphne, em nota enviada ao Viagem em Pauta, os pinguins-de-Magalhães partem de suas colônias reprodutivas na Patagônia argentina, durante os meses de outono e inverno, em busca de alimentos em águas mais quentes. Por isso, nessa época, esses animais chegam ao litoral do Brasil, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste.

Porém, após longa jornada, esses animais, muitas vezes jovens e inexperientes, acabam encalhando, fracos e exaustos, nas praias brasileiras. Uma das maiores armadilhas para os pinguins são os petrechos de pesca e a poluição marinha.

Por isso, caso o animal esteja nadando e você avistar um deles, não o retire da água nem o encurrale, pois ele pode estar apenas descansando mais perto da faixa de areia.

Se ele estiver na areia, não o devolva ao mar e não o alimente.

Eduardo Pimenta/Divulgação
Eduardo Pimenta/Divulgação
Foto: Viagem em Pauta

Diferente do que muita gente pensa, o pinguim-de-Magalhães é uma espécie que vive em climas mais amenos, então não o coloque no gelo ou em balde com água, já que ele chega à nossa região com muito frio.

A maior parte dos pinguins que são resgatados chega ao Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz em estado crítico, apresentando significativa magreza, hipotermia e debilidade.

Durante a fase de recuperação, os animais são submetidos ao processo de reabilitação, que incluiu a administração de fluidos, terapia de aquecimento e uma dieta especificamente formulada para atender às suas necessidades nutricionais. Exames laboratoriais e de imagem são realizados para monitorar a recuperação das aves, cujo regime intensivo permite aumento de peso de até 60%, durante o período de tratamento.

Antes de sua liberação ao habitat natural, microchips subcutâneos são implantados para fins de monitoramento a longo prazo e estudos sobre sua migração e saúde.

Ao avistar animais marinhos na faixa de areia, vivos ou mortos, acione imediatamente a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias (tel.: 0800 991 4800).

Viagem em Pauta
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