Azulejos holandeses e colorido do Caribe se juntam em Aruba
Aruba é uma ilha de 180 km2 que, ao longo de quatro séculos, foi disputada por várias potências europeias. Os primeiros a chegar foram os espanhóis, que ali desembarcaram em 1499, quando o explorador Alonso de Ojeda avistou a ilha durante uma missão de exploração do litoral da Venezuela, que fica a menos de 30 km.
Por mais de um século a ilha foi uma possessão espanhola, até que em 1636 os holandeses compraram o território e começaram a colonizá-lo. Em 1799 os ingleses ocuparam a ilha e ali permaneceram até 1802, quando a devolveram aos holandeses. Em 1986, Aruba se tornou um país autônomo, mas até hoje faz parte do Reino dos Países Baixos.
Essa mistura de povos e culturas se expressa hoje na diversidade étnica – Aruba tem cerca de 110 mil habitantes de 95 nacionalidades – e no número de
línguas faladas no país. Os idiomas oficiais são o holandês e o papiamento, dialeto nascido da fusão entre línguas europeias e nativas, mas o espanhol e o inglês também estão bastante presentes no dia a dia dos arubanos. O primeiro, pela proximidade com a América do Sul; o segundo, por ser a língua usada no turismo e nos negócios.
Pela proximidade com a Venezuela, a partir da década de 1930 Aruba se tornou um importante produtor de petróleo, atividade que se tornou uma das principais fontes de renda do país. Com o colapso enérgico de 1985, no entanto, as refinarias foram desativadas e os investimentos em turismo passaram para o primeiro plano. Em 1991 a indústria petroleira voltou para Aruba, mas nessa época o turismo já havia se tornado a principal atividade econômica da ilha.
O arubano se define como um povo hospitaleiro e amigável, por isso a população local gaba-se de que o seu país é o destino do Caribe para o qual os turistas mais voltam. A maioria dos visitantes vem da América do Sul, das outras ilhas do Caribe, da África e dos Estados Unidos. Entre estes, os americanos formam o maior contingente, por isso boa parte das instalações turísticas da ilha são adaptadas para esse público, e o inglês está por toda parte, até nas placas de trânsito.
Por ser o país caribenho mais próximo da América do Sul, Aruba é uma ótima opção para os turistas brasileiros. Além das praias de tirar o fôlego, conta com uma ótima indústria hoteleira, com inúmeros resorts espalhados pela orla de Palm Beach, região mais badalada da ilha.
Outro atrativo é a arquitetura holandesa do período colonial, que permanece preservada em vários pontos do país, principalmente na capital, Oranjestad. São prédios que misturam as formas e azulejos holandeses ao colorido do Caribe. As construções são tão bem conservadas que Oranjestad até parece uma cidade cenográfica. Outra evidência da presença holandesa são os moinhos de vento espalhados pela ilha. O que mais chama a atenção é o De Olde Molen, uma peça gigantesca fabricada em 1805 e reconstruída em 1960.
É na capital que o turista encontra os serviços básicos como bancos e lojas. Aliás, para quem gosta de compras Aruba tem muito a oferecer. Na zona do porto os estabelecimentos são livres de impostos. É lá que se concentram os shoppings, um deles com três andares de lojas que vendem grifes internacionais. O artesanato local também agrada os turistas. Além disso, os shoppings próximos ao porto estão estrategicamente posicionados para receber os passageiros dos cruzeiros que só passam algumas horas na ilha.
Os encantos do interior
É claro que em um país caribenho como Aruba o grande atrativo são as praias de areia branca e mar turquesa, mas o interior da ilha reserva gratas surpresas aos amantes da natureza. É ali que fica o Parque Nacional de Arikok, onde se pode ver toda a diversidade da flora, da fauna e até do clima de Aruba. Esqueça a umidade do litoral. O interior é mais árido e lembra o cerrado brasileiro.
Para quem quer conhecer a reserva natural, o ideal é reservar um dia para a visita. Este, aliás, é o tempo necessário para conhecer o básico da ilha. Em 24 horas é possível alugar um carro e percorrer lugares famosos pelas belezas naturais, como cavernas e piscinas naturais; apreciar a elegância simples da Capela da Alto Vista, a primeira igreja católica do país; ou passear pelas ruas de casinhas coloridas de Oranjestad. Não é à toa que os arubanos dizem que o visitante sempre volta. Motivo é o que não falta.