Belas praias e vida noturna agitada: bem-vindo a Miami
Miami é um daqueles lugares onde a conversa começa em um idioma e termina em outro. Situada na região da Flórida, que começou a ser colonizada pelos espanhóis no século 16 e foi integrada aos Estados Unidos em 1845, a cidade recebeu forte influência de cubanos fugidos da Revolução de 1959. Por isso, ouvir inglês em uma esquina e espanhol na outra é perfeitamente normal.
Terra de magnatas motorizados com carros de luxo, de vida noturna agitada e das compras de roupas e acessórios de marcas famosas, Miami foi fundada em 1896 por uma rica e influente industrial, Julia Tuttle, em uma área chamada Biscayne Bay.
Com apenas 300 habitantes na época, a cidade viu sua população crescer depois da construção de uma estrada de ferro, idealizada pelo industrial Henry Flager. A conexão com West Palm Beach atraiu novos moradores e motivou Flager a lançar empreendimentos, como hotéis, escolas, hospitais e igrejas.
Mas foi em 1940, quando tropas norte-americanas se instalaram em Miami para combater os submarinos alemães durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que o número de habitantes saltou para 172 mil. Atualmente, cerca de 400 mil pessoas vivem na cidade, a segunda mais populosa da Flórida.
Duas cidades e um apelido
Apesar de muitas vezes serem vistas como uma coisa só, Miami e Miami Beach são, oficalmente, duas cidades diferentes. A primeira tem o típico visual de uma metrópole, com um imponente centro financeiro e uma grande população de baixa renda que vive nos bairros mais afastados. Já a segunda, uma ilha, tem características praianas e é repleta de hotéis e resorts.
Na década de 1920, a cidade recebeu o apelido de “Cidade Mágica” ao se tornar um importante destino turístico. O apelido surgiu da rapidez com que Miami crescia ano após ano, como se fosse “mágica”. Na época, os principais turistas eram os próprios americanos, que vinham dos estados do norte em busca do verão quente e úmido de Miami, com temperaturas acima de 24°C, e dos invernos secos da cidade.
O dinheiro do turismo foi investido na infraestrutura da cidade e, em pouco tempo, hotéis e resorts foram erguidos à beira mar. Não à toa, a principal fonte de renda de Miami ainda é o turismo, que atrai 12 milhões de visitantes por ano, com um faturamento de US$ 17 milhões para os cofres da cidade.
Mas nem só de belas praias e bairros agitados – North Beach, Central Beach e Art Deco – vive a região. O Aeroporto Internacional de Miami recebe 35 milhões de passageiros anualmente – parte deles a trabalho. Um dos mais importantes polos financeiros do país, o centro de Miami é a maior concentração de bancos internacionais dos EUA, que ficam reunidos em uma área chamada Brickell.
Além disso, a “Cidade Mágica” conta com uma forte comunidade de negócios, como mostra o grande número de multinacionais instaladas na região, como Sony, AIG, American Airlines, FedEx, Telemundo, dentre outras. De acordo com dados do Departamento de Comércio dos EUA, brasileiros gastaram em Miami e Orlado mais de US$ 1,3 bilhão em 2011. Neste ano, em junho, os gastos já tinham atingido 60% do valor.
Quem vai a Miami em busca de oportunidades de negócio ou dos vários atrativos da cidade, no entanto, deve tomar cuidado com uma coisa: os furacões. Todos os anos a região fica de sobreaviso quando esses fenômenos naturais se formam no Oceano Atlântico e no Golfo do México. Em 1992, o furacão Andrew atingiu a cidade, causando um prejuízo de mais de US$ 30 bilhões à “Cidade Mágica”.