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Cancún

Cancún mistura praias paradisíacas e herança cultural maia

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Em 1517, o conquistador espanhol Francisco Hernández de Córdoba desembarcou em um paraíso na Terra. A região, situada no extremo nordeste da Península de Yucatán, era coberta por vegetação abundante e estava repleta de praias de areia branca banhadas pelas águas claras do Mar do Caribe. Além das belezas naturais, Córdoba também encontrou vilarejos construídos pelos maias que havia séculos viviam ali. Com eles, o explorador descobriu o nome daquele paraíso: Khan Kun, expressão que significa “pote” ou “ninho de cobras” no idioma nativo.

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Com a chegada dos colonizadores europeus, as antigas cidades maias foram substituídas por municípios fundados pelos espanhóis, e a antiga Khan Kun se tornou a moderna Cancún, que hoje faz parte do estado de Quintana Roo, no México. Localizada a 370 km da capital do estado, Chetumal, a região onde atualmente fica a cidade de Cancún permaneceu praticamente desabitada por séculos, o que preservou tanto a rica cultura nativa (até hoje é possível visitar as ruínas das antigas cidades maias da área) quanto seus encantos naturais.

Essa situação só começou a mudar na segunda metade do século XX, quando um grupo de investidores escolheu a região para criar um novo polo turístico e assim desafogar o balneário de Acapulco, na época já saturado. Em 1960, um programa governamental iniciou a construção de hotéis e resorts em uma área batizada de Isla Cancún, zona hoteleira com 23 km de extensão, onde se concentra a maior parte das praias e atividades turísticas.

Mais que hotéis e praias

Com o surgimento da infraestrutura hoteleira Cancún logo se tornou um dos principais destinos turísticos do México. Hoje essa é a principal fonte de renda do município, que recebe mais de 3 milhões de visitantes por ano, a maior parte vinda dos Estados Unidos. Não à toa, o Aeroporto Internacional de Cancún é o segundo mais movimentado do México.

O turismo levou ao crescimento da cidade, que hoje tem 400 mil habitantes e se espalha por outras quatro áreas, além de Isla Cancún: o centro, onde vive a grande maioria dos trabalhadores dos hotéis, resorts e restaurantes da zona hoteleira; Puerto Juárez, porto de onde saem os barcos que levam a Isla de las Mulheres, localizada ao norte de Cancún; Franja Ejidal, área onde vive a população mais pobre; e Alfredo V. Bonfil, zona periférica povoada originalmente por colonos vindos do norte do país na década de 1970.

Todo esse desenvolvimento urbano, no entanto, não foi suficiente para eliminar a grande ameaça que paira sobre Cancún: os furacões. A região, de clima tropical e temperaturas altas (35°C), é alvo frequente desses fenômenos naturais. Em 2005, por exemplo, a passagem do Wilma devastou boa parte da zona hoteleira. Um ano depois, porém, a área já estava totalmente recuperada, o que mostra a capacidade da cidade de lidar com uma natureza que, mesmo que às vezes possa castigar, na maior parte do tempo faz de Cancún um paraíso onde não falta conforto, sol, praia e água fresca. 

Fonte: PrimaPagina
Fonte: Terra
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