Palácio de Belas Artes expõe a pintura da Revolução Mexicana

O Palácio de Belas Artes, mais importante centro cultural da Cidade do México, é um símbolo da Revolução Mexicana. O prédio começou a ser construído em 1904, mas as obras foram interrompidas em 1916, quando líderes rebeldes lutavam pelo poder depois da renúncia do ditador Porfírio Díaz, em 1910. A revolução, no entanto, não foi só política, mas também nas artes. Entre as décadas de 1920 e 1950, nomes como Diego Rivera, David Alfaro Siqueiros e José Clemente Orozco colocaram o México no mapa da arte mundial ao pintar enormes murais retratando as lutas históricas do povo de seu país. Terminados os conflitos, o Palácio de Belas Artes foi finalmente inaugurado em 1934, e passou a abrigar algumas das obras-primas criadas na esteira da Revolução Mexicana

Retomada em 1932, a construção do palácio foi concluída dois anos depois pelo arquiteto mexicano Francisco Mariscal

Além de reunir uma das mais importantes coleções de artes plásticas do México, o Palácio de Belas Artes abriga o principal teatro lírico do país, que recebe belos espetáculos de música e dança

A arquitetura do lugar também é de tirar o fôlego. Repletas de mármore de Carrara, as fachadas do exterior seguem o estilo Art Nouveau, do início do século 20. Duas obras do artista colombiano Fernando Botero completam a decoração do lado de fora do edifício

No interior, o estilo é o Art Déco, também típico das primeiras décadas do século 20

O Museu do Palácio de Belas Artes reúne tanto obras modernas como peças do período colonial mexicano

O Palácio de Belas Artes foi o primeiro museu de arte do México

O teatro do Palácio de Belas Artes é a casa do Ballet Folklórico, grupo de dança que se apresenta duas vezes por semana no local. O espetáculo, tipicamente mexicano, reúne rituais astecas, mariachis, marimba, cantores e dançarinos

O teatro recebe também óperas estrangeiras. A construção tem várias claraboias, o que ajuda a aproveitar a luz natural

O destaque do salão principal do teatro é o grande painel de fundo do palco, feito com mais de um milhão de cristais da Casa Tiffany, de Nova York. Nele, estão representados dois cartões postais do México: os vulcões Iztaccíhuatl e Popocatépetl. O painel foi desenhado pelo artista Gerardo Murillo, também conhecido como Dr. Atl

Vale a pena ficar no Palácio de Belas Artes depois do anoitecer. O cenário se transforma e dá para usar a iluminação para fazer belas fotos

A vista aérea do Palácio Belas Artes também é muito interessante. O melhor jeito de apreciá-la é a partir do 44º andar da Torre Latino-americana, que, no ano de sua inauguração, em 1957, era o edifício mais alto da América Latina. No primeiro plano, uma das esculturas de Botero

Além da visão privilegiada, o visitante pode apreciar o entardecer acompanhado de um belo prato de comida ou de uma taça de vinho

O grande destaque do acervo do Museu do Palácio de Belas Artes são os 17 murais pintados entre 1928 1963 que estão espalhados pelo interior do edifício. Entre as peças estão obras de Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros

Por conta do grande pé direito central, é possível apreciar uma obra de cada vez ou vê-las em conjunto