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Cidade do México

Técnica agrícola dos astecas sobrevive na Cidade do México

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Embarcações típicas da região, trajineras navegam pelos canais de Xochimilco, onde técnica agrícola asteca ainda é usada
Embarcações típicas da região, trajineras navegam pelos canais de Xochimilco, onde técnica agrícola asteca ainda é usada
Foto: Shutterstock

Localizada na zona sul da Cidade do México, a região de Xochimilco preserva uma técnica agrícola do tempo dos astecas: o cultivo de produtos em jardins flutuantes, chamados chinampas. Isso é possível pois a área, formada por um conjunto de canais e ilhas remanescentes do antigo lago Xochimilco, é uma das poucas da metrópole que conservam parte da rede de lagos que existia antes da construção da cidade atual, erguida sobre a antiga capital asteca.

Nesses jardins flutuantes são plantados vários tipos de vegetais, desde culturas de subsistência, como o milho, até variedades mais ornamentais como flores e bonsais. Em 1987, a prática foi incluída na Lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco.

Com o tempo, esses jardins flutuantes transformaram o antigo lago Xochimilco em um conjunto de ilhas e canais navegáveis, que dão um aspecto charmoso ao local. Por isso a região é considerada a Veneza mexicana. Turistas e nativos circulam pelas vias aquáticas utilizando barcos chamados trajineras. As embarcações são bem coloridas e contam com grandes mesas e várias cadeiras para que os turistas possam fazer as refeições ali mesmo.

Além de transportar pessoas de uma ilha a outra, as trajineras funcionam como endereço de comércio. Os barcos dos vendedores ficam próximos aos dos visitantes, que podem comprar souvenires, brinquedos e até comida, como o milho cozido e assado na espiga. As negociações são feitas dentro da própria embarcação.

Técnica milenar

O cultivo de vegetais em jardins flutuantes, as chamadas chinampas, é uma técnica milenar, que sobreviveu em Xochimilco. No início, a ideia era ampliar o espaço de plantio e garantir que houvesse comida suficiente para os habitantes. Para isso, os habitantes locais começaram a criar ilhas artificiais para plantar vegetais. O processo de criação das chinampas é complexo. Primeiro, é preciso escolher uma área na parte rasa do lago. Depois, o território é demarcado e a ilha em si é montada como um sanduíche: com uma mistura de lodo do fundo do lago e da vegetação da superfície colocada em cima de uma estrutura de galhos de zimbro. Assim, a ilha fica leve o suficiente para boiar e resistente o bastante para suportar o peso das pessoas que irão circular por lá. O solo fica firme e é capaz de fixar as raízes das plantas.

A estrutura funciona muito bem porque, graças à mistura de terra do fundo do lago e da vegetação que cai na água, o solo é extremamente nutritivo. Além disso, o sistema de irrigação também age sozinho, por meio do contato direto com a água, o que torna o ambiente autossuficiente.

Atualmente há milhares de ilhas distribuídas pela região, e nem todas são usadas para a agricultura. Algumas são aproveitadas para o turismo, outras para moradia e uma delas abriga até um campo de futebol!

Fonte: PrimaPagina
Fonte: Terra
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