Cidade do Panamá tem ‘Pompeia latino-americana’

A data oficial de fundação da capital do Panamá é 15 de agosto de 1519, mas o município atual não é exatamente o mesmo do século 16. Isso porque a cidade original foi destruída em 1671 após um ataque pirata. Dois anos depois, ela começou a ser reconstruída 2 km a sudoeste da antiga, e foi esse novo centro urbano que se transformou na Cidade do Panamá atual. As ruínas dos prédios erguidos pelos primeiros colonizadores, no entanto, sobreviveram à passagem do tempo e formaram uma espécie de Pompeia latino-americana, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2003

A antiga cidade é conhecida hoje como Panamá Velho, e a estrutura mais bem preservada é a torre da catedral, que ficava na praça principal

Assim como a Pompeia original, a versão panamenha também foi destruída pelo fogo, mas não de um vulcão. Em janeiro de 1671, o pirata inglês Henry Morgan sitiou a cidade. Para não entregá-la ao inimigo, as autoridades resolveram atear fogo em um depósito de explosivos, provocando um incêndio que devastou a capital. Mesmo assim, alguns prédios permaneceram de pé, como o Convento da Concepção (acima)

A maioria das construções não resistiu ao incêndio, mas deixaram vestígios, como a câmara municipal, que ficava ao lado da catedral, na praça principal da cidade

As ruínas estão a poucos quilômetros da cidade atual, por isso a visita a Panamá Velho é um dos principais passeios culturais mais procurados por quem visita a capital do país

Panamá Velho hoje é um sítio arqueológico, onde foram identificadas várias construções da antiga cidade. Entre elas, se destacam os edifícios religiosos, como o Convento de Santo Domingo

a Igreja da Companhia de Jesus

a Igreja da Mercê

e a Igreja de São José

Além das igrejas e conventos, foram identificadas as casas de alguns moradores ilustres, como as Casas Reais, onde vivia o governador (acima)

a Casa Alarcón

e as Casas Terrín, construídas por um dos moradores mais ricos da cidade, Francisco Terrín

Outra construção importante que sobreviveu ao tempo é o Forte da Natividade, instalação militar erguida para proteger a cidade

e uma das cisternas construídas para armazenar água potável um bem que na época era bastante escasso na cidade

Por fim, além de construções militares, religiosas e governamentais, é possível encontrar estruturas que faziam parte da vida cotidiana na cidade, como a Ponte do Rei