Forte tomado por piratas no século 17 é destaque no Panamá
Nos séculos seguintes à chegada dos europeus às Américas, inúmeros piratas passaram a rondar e atacar as ilhas caribenhas e os povoados costeiros da América do Sul. Nas proximidades da Cidade do Panamá, isso não foi diferente. Para proteger a região, o rei Felipe II, da Espanha, ordenou a construção de um forte em 1598. Boa parte da construção segue em pé até os dias de hoje, e é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Uma das mais antigas fortalezas espanholas das Américas, o Forte de San Lorenzo está localizado na província de Cólon, cerca de 80 quilômetros a noroeste da capital do país. Ele foi erguido para defender a entrada do rio Chagres após os ataques do corsário inglês Francis Drake ao litoral panamenho, em 1572.
Apesar da firme estrutura instalada no local, e da sua posição estratégica em relação ao oceano, o forte foi tomado pelo pirata Henry Morgan, que lançou um forte ataque com 400 homens em 1671.
Ao invés de avançar a partir de navios, os piratas desembarcaram em um porto nas proximidades e surpreenderam os defensores atacando por terra. Dos 330 espanhóis que defendiam o local, apenas 30 sobreviveram, todos eles civis. Uma semana depois, os piratas voltaram em maior número e seguiram pelo caminho aberto a partir da tomada do forte até a Cidade do Panamá, que foi saqueada e destruída.
O Forte de San Lorenzo não serviu apenas de fortaleza. Depois de sua reconstrução, suas galerias e passagens subterrâneas faram usadas como prisão. Desde 1980, o local é tombado pela Unesco e se tornou um importante espaço de visitação turística. Para chegar ao local partindo da Cidade do Panamá, o ideal é alugar um veículo e seguir até Colón. De lá, deve-se dirigir para as eclusas de Gatun, na parte norte do Canal do Panamá, e então para a desembocadura do rio Chagres, no Mar do Caribe.