Acervo inclui peças de ouro, prata, cerâmicas e joias
Para quem tem pouco tempo em Lima e quer conhecer alguns dos tesouros produzidos pelas civilizações pré-colombianas que existiram no Peru, a dica é visitar o Larco Museu. A instituição reúne mais de 45 mil artefatos criados pelos antigos povos andinos e possui uma das mais importantes coleções do gênero em todo o mundo. Entre as preciosidades do acervo estão milhares de objetos de ouro e prata, cerâmicas e joias que contam cerca de 5 mil anos de história da região onde hoje fica o Peru.
O museu foi fundado em 1926 pelo arqueólogo peruano Rafael Larco Hoyle em uma antiga mansão do século 18. Localizada no distrito de Pueblo Libre, na região metropolitana de Lima, a instituição fica a 15 minutos de táxi dos bairros de Miraflores ou San Isidro.
O tamanho da coleção e a beleza dos objetos expostos faz do museu um daqueles lugares que dá vontade de voltar. Peças de ouro, coroas, vasos e máscaras fascinam o visitante, que sai com aquele impressão de “preciso voltar aqui um dia”. Cada item é acompanhado por descrições em espanhol, inglês, francês, alemão, italiano e japonês.
A coleção de ouro e joias é uma das mais impressionantes. Séculos atrás, os senhores mais poderosos das civilizações andinas vestiam-se com ouro e prata, pois o material brilhava com a luz do sol. Assim, acreditavam ser sobrenaturais, habitantes de um mundo divino. O atual acervo é resultado de um trabalho de restauração de 12 anos. Peças como brincos, coroas e colares, todos em ouro ou com detalhes em turquesa, revelam a grandeza dos povos antigos.
O museu também tem salas dedicadas aos rituais praticados pelos antigos povos andinos. A mais famosa é a da Cerimônia do Sacrifício. As civilizações pré-colombianas veneravam as forças da natureza e ofereciam execuções rituais para agradar os deuses. Algumas peças expostas nesta sala eram utilizadas para matar as vítimas, e outras trazem representações que mostram a crueldade do rito.
Outro destaque da coleção do Larco Museu são as peças de cerâmica de arte erótica, que são consideradas uma espécie de “Kama Sutra” andino.
A dica é chegar cedo (o museu abre às 9h) e ver uma parte do acervo pela manhã. Em seguida, almoçar no restaurante do museu, que oferece pratos das cozinhas peruana e internacional, e voltar para a exposição. À noite, o jantar é mais intimista, à luz de velas, com vista para o belo jardim.
Sobre o fundador
Rafael Carlos Victor Constante Larco Hoyle Hoyle (1901-1966) foi um arqueólogo, escritor e historiador peruano que contribuiu para o conhecimento das culturas pré-incas do norte do Peru. Ao longo de seu trabalho, adquiriu peças em escavações e por meio de doações. Decidiu fundar o museu depois de um conselho do tio e, em 28 e julho de 1926, o Dia da Independência do Peru, abriu as portas da instituição para o público.
Serviço
Museu Larco
Avenida Bolívar 1515, Pueblo Libre
00xx 511 461 1312
Aberto todos os dias, das 9h às 22h
Entrada R$ 25