Bairro de Lima abriga maior comunidade chinesa da AL
Assim como São Paulo tem o bairro da Liberdade, e Nova York, a Chinatown, Lima também conta com o seu próprio pedacinho do Oriente: o Barrio Chino. A área, que ocupa dois quarteirões da Calle Capón, é o principal símbolo da maior comunidade chinesa da América Latina – no Peru vivem nada menos que 1,3 milhões de imigrantes e descendentes de nativos do país asiático.
Os primeiros 75 chineses chegaram ao país latino-americano em 1849 para trabalhar em plantações na costa. Ao longo dos 25 anos seguintes, outros 100 mil chineses se juntaram a esses pioneiros e foram fundamentais para suprir a carência de mão de obra provocada pela abolição da escravidão negra em 1854. Os orientais passaram, então, a atuar não só na agricultura, mas também em outras áreas, como a construção de estradas de ferro.
No fim do século 19, o Peru entrou em guerra com a Bolívia, e, ao final do conflito, os chineses acabaram migrando para as principais cidades, em especial a capital, Lima. Aos poucos, eles foram se estabelecendo nos arredores da Calle Capón e começaram a ganhar a vida vendendo comidas típicas de seu país natal.
Aos poucos, os orientais começaram a incorporar elementos da cozinha peruana, e da fusão entre essas duas culturas nasceu uma culinária própria: os restaurantes chineses de Lima são chamados de chifas e servem pratos que não são encontrados em nenhuma outra parte do mundo, nem mesmo na China. A principal característica do menu oferecido pelas chifas é a busca pelo equilíbrio entre elementos doces e salgados. Um bom exemplo disso é a sopa wantan, feita à base de frango.
O Barrio Chino de Lima ainda abriga uma série de instituições e grupos religiosos chineses, incluindo um templo taoista.