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Lima

Lima é um dos mais antigos centros comerciais do continente

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Fundada em 1535 pelo conquistador Francisco Pizarro, Lima foi construída em um vale às margens do rio Rimác, numa região árida do litoral do atual Peru. A cidade nasceu para ser a capital da colônia que os espanhóis criaram após conquistar o Império Inca e seu surgimento marcou o início de uma nova era na América do Sul.

Colonizada pelos espanhóis, a maior cidade do Peru ainda preserva importantes edifícios históricos
Colonizada pelos espanhóis, a maior cidade do Peru ainda preserva importantes edifícios históricos
Foto: Shutterstock

Com a derrota da mais poderosa civilização nativa da região, Lima se tornou o centro político e comercial do Vice-Reino do Peru, divisão administrativa do Império Espanhol que se estendia pelos territórios dos atuais atuais Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Panamá, Paraguai, Uruguai e parte do Brasil. Entre os séculos 16 e 17, a prata retirada das minas da região era despachada para a Espanha a partir de Lima, o que fez da cidade o centro de uma vasta rede comercial que ligava América, Europa e Ásia Oriental.

No fim do século 17, no entanto, a prata começou a ser embarcada para a Europa a partir de Buenos Aires. A concorrência prejudicou Lima, que deixou de ser o principal centro comercial da região. A crise econômica foi agravada por terremotos que atingiram a cidade entre as décadas de 1680 e 1740.

Essa decadência só começou a ser revertida em 1821, quando o general argentino José de San Martín proclamou a independência da República do Peru e fez de Lima sua capital, onde mandou construir o Congresso. Era o começou de uma fase na vida da cidade, que se tornou o centro econômico e político do país andino.  

De lá para cá Lima cresceu em ritmo acelerado, até se tornar uma das maiores cidades da América do Sul. Atualmente a capital tem 7,6 milhões de habitantes, número que sobe para 8,5 milhões em toda a região metropolitana. Além disso, a cidade abriga o principal centro financeiro do Peru, o bairro de San Isidro, onde estão as sedes da maioria das instituições financeiras que atuam no país, como o Banco de la Nación, Interbank, HSBC, Citibank, Banco Continental, entre outros.

Lima também conta com mais de 50 museus, grandes empresas nacionais e multinacionais, diversos órgãos do governo peruano e a Bolsa de Valores do país. Comércio, indústria e turismo são as principais atividades econômicas da capital, que é responsável por 53% do PIB peruano.

No centro histórico, área mais popular da cidade, ficam alguns dos cartões postais da capital, como a Plaza de Armas (marco zero do município), o Palácio do Governo, a Prefeitura, o Parque de la Bandera e a Catedral de Lima, onde se inicia a rua mais movimentada da metrópole, o calçadão Jirón de la Unión, que leva à Plaza San Martín. Para quem busca diversão, os bairros de Miraflores e Barranco oferecem uma vida noturna intensa, com bares, restaurantes e shoppings.

Apesar de ser banhada pelo Oceano Pacífico, a capital não tem jeito de cidade praiana. O calor – que pode chegar facilmente aos 30°C no verão –, o contraste social –  que vai do cosmopolitismo de alguns bairros à pobreza da periferia – e a poluição causada por indústrias e carros, podem fazer a estadia do viajante durar uma semana ou apenas algumas horas, dependendo do gosto.

Fonte: PrimaPagina
Fonte: Terra
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