Uma das partes visíveis da Grande Pirâmide de Cholula, considerada pelo Livro Guinness dos Recordes o maior monumento já construído
Foto: Rogerio Enriquez/Creative Commons
Quando o assunto é pirâmide, a primeira imagem que vem à cabeça é a das famosas construções do Egito. Apesar disso, o maior monumento do gênero não fica no país africano, e sim no México. Trata-se da Grande Pirâmide de Cholula, cuja base mede nada menos do que 18,2 hectares, uma área 22 vezes superior à do gramado do Maracanã.
O monumento histórico fica localizado a pouco mais de seis quilômetros a oeste da cidade de Puebla e atrai mais de 220 mil visitantes todos os anos. Seu nome significa “lugar de refúgio” em nahuatl (antigo idioma de povos nativos do México, como os astecas) e fica em uma área que foi habitada por diferentes povos entre os séculos 3 a.C. e 9 d.C.
Nem a pirâmide de Gizé, nem a de Teotihuacan. A maior construção do gênero fica na Zona Arqueológica de Cholula, localizada a pouco mais de seis quilômetros da cidade de Puebla, no México. O monumento ainda não foi totalmente escavado por que os colonizadores espanhóis construíram sobre ele uma igreja católica que também é considerada um patrimônio histórico
Foto: Rogerio Enriquez/Creative Commons
Sua base equivale à área de mais de 22 campos do Estádio do Maracanã, e seu volume chega a 3,3 milhões de metros cúbicos
Foto: Omar Bárcena/Creative Commons
Não por acaso, a construção da pirâmide levou mais de 1,2 mil anos. As obras começaram no século 3 a.C. e só terminaram no século 9 d.C. Acima, uma maquete que mostra a estrutura completa do monumento, em parte escondida sob a grama atualmente
Foto: Creative Commons
Hoje, a Grande Pirâmide de Cholula é considerada pelo Livro Guinnes dos Recordes o maior monumento já construído pela humanidade
Foto: Creative Commons
O espaço conta com inúmeros vestígios de antigas civilizações que habitaram o local
Foto: Russ Bowling/Creative Commons
Os espanhóis ergueram a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios sobre a pirâmide no final do século 16, como forma de substituir as crenças nativas pelo cristianismo. Hoje, esta igreja também é considerada um patrimônio histórico, o que impede a completa escavação da pirâmide
Foto: Russ Bowling/Creative Commons
A pirâmide conta com mais de oito quilômetros de túneis, mas apenas 10% deles estão abertos aos visitantes
Foto: Russ Bowling/Creative Commons
Do alto da pirâmide é possível ter uma linda vista da cidade moderna de Cholula
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Dali, inclusive, pode-se avistar as montanhas que circundam a região
Foto: Russ Bowling/Creative Commons
A cidade moderna de Cholula tem sua história bastante ligada à religião, e conta com 39 igrejas
Foto: Creative Commons
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A construção da pirâmide começou por volta de 200 d.C., e, ao longo dos 1,2 mil anos seguintes, os vários grupos que habitaram a área foram ampliando o monumento, até ele atingir proporções impressionantes: sua base ocupa uma área de 18,2 hectares, enquanto sua altura chega a 54 metros, o que totaliza um volume de 3,3 milhões de metros cúbicos. Isso faz de Cholula não apenas a maior pirâmide do mundo – superando os 2,4 milhões de metros cúbicos da pirâmide de Quéops, no Egito – como também lhe garante o título de maior monumento já construído, de acordo com o Livro Guinness dos Recordes.
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Em seu período áureo, por volta do século 8 d.C., a cidade de Cholula abrigou cerca de 100 mil habitantes. Com a chegada dos espanhóis ao continente americano, a cidade acabou tomada pelos conquistadores. Em 1594, eles construíram uma igreja católica sobre o templo, como forma de substituir as crenças nativas pelo cristianismo. E é justamente a presença desta igreja, também considerada um patrimônio histórico, que impede a escavação completa da pirâmide pré-colombiana. Por isso, apenas parte do monumento é visível e está acessível ao público.
No total, mais de oito quilômetros de túneis já foram descobertos no local, mas apenas 800 metros estão abertos para visitação. Eles revelam túmulos, esqueletos, oferendas, altares e uma série de artigos e itens utilizados pelos antigos povos que habitaram a região.