Jardim botânico e ruínas se misturam em parque de Porto Rico
Um museu histórico e natural a céu aberto. Esta é a melhor definição para o Jardim Botânico e Cultural William Miranda Marín, parque localizado na cidade de Caguas, que fica a menos de 30 minutos de carro de San Juan, capital de Porto Rico.
Por um lado, o espaço reúne uma grande variedade de plantas e animais típicos da ilha caribenha; por outro, preserva a memória de dois grupos fundamentais para a formação da identidade cultural da região: os escravos africanos que trabalharam em uma antiga fazenda produtora de açúcar que funcionava no local no século 19 – cujas ruínas estão abertas à visitação –, e os índios taínos, que habitavam a ilha antes da chegada dos colonizadores europeus e deixaram importantes vestígios de sua cultura em um sítio arqueológico também localizado dentro da área. Com isso, o parque quer ser um jardim etnobotânico, um espaço em que cultura e natureza se misturam para mostrar ao visitante um pouco da identidade e da história de Porto Rico.
Entre as atrações naturais, um dos destaques do parque é o Bosque do Patrimônio, espaço com 36 espécies de árvores endêmicas, ou seja, encontradas apenas em Porto Rico. O parque conta ainda com áreas totalmente dedicadas a certas espécies vegetais, como palmeiras, bambus e um tipo de árvore que cresce em pântanos conhecido em Porto Rico como “palo de pollo”.
Natureza e cultura se misturam em diferentes lugares, como no Pomar, que reúne 50 espécies de árvores frutíferas que fornecem alguns dos principais ingredientes da cozinha local. O mesmo acontece em roteiros onde o visitante caminha entre plantas e obras de arte típicas dos diferentes povos que formaram Porto Rico, como o Arvoredo Ancestral Taíno, o Arvoredo Ancestral Africano e o Arvoredo Crioulo. Já na Lavoura do Artesão Porto-Riquenho, é possível ver técnicas utilizadas pelos moradores da ilha para fabricar peças de artesanato em madeira a partir de mais de 60 tipos diferentes de árvores.
Finalmente, a história passa para o primeiro plano na área onde estão as ruínas da Fazenda San José – antigo engenho de açúcar que funcionou no local entre o século 19 e o início do 20 – e no Museu Pré-Colombiano, onde estão expostos alguns dos objetos do povo taíno encontrados no sítio arqueológico que existe no parque. Na zona histórica também ficam um orquidário e o Jardim de Plantas Aquáticas e Peixes Tropicais.
O Jardim Botânico e Cultural William Miranda Marín funciona de terça a domingo, das 10h às 16h. O telefone para contato é o 787 653-8990.