Santiago tem ares europeus e diversidade latino-americana
Fundada em 1541, Santiago teve que sobreviver a uma série de desastres e ameaças até se tornar uma das cidades mais interessantes da América do Sul. Durante todo o período colonial foi alvo de inundações, terremotos, epidemias e batalhas que quase a destruíram várias vezes. Mas Santiago superou todos os obstáculos e se tornou a capital do Chile independente em 1818, quando o país se emancipou da Espanha.
Localizada em um imenso vale ao lado da Cordilheira dos Andes, Santiago foi um pequeno vilarejo por mais de 250 anos. A cidade só começou a mudar de cara no fim do século 18, quando o último governador do Chile colonial, Ambrosio O’Higgins, promoveu uma série de grandes obras que transformaram a capital. A construção de importantes edifícios e parques continuou durante o governo de Bernardo O’Higgins, filho de Ambrosio que se tornou o primeiro presidente do Chile independente. Assim, ao longo do século 19, Santiago foi ganhando ares europeus, mas sem nunca perder a diversidade latino-americana.
Hoje a cidade reúne as principais instituições administrativas, comerciais, culturais e financeiras do país, e concentra 35% da população do Chile – 5,5 milhões de habitantes espalhados por toda a região metropolitana. A capital, sozinha, registrava um PIB de US$ 91 milhões em 2005.
O crescimento desordenado, no entanto, criou problemas à capital. Os imensos paredões andinos dificultam a circulação do gás carbônico, o que forma uma grande massa de poluição atmosférica sobre a cidade, principalmente no inverno. Para tentar minimizar os estragos ambientais, o governo local impôs restrições à circulação de veículos e obrigou as fábricas da capital a adotar medidas ecológicas. Nada muito diferente do que acontece em São Paulo, por exemplo.
Santiago é relativamente plana, com exceção de alguns morros localizados nas cercanias. O centro reúne a maior parte dos serviços da capital e excelentes atrações, como a Plaza de Armas – a principal praça do município –, o Mercado Municipal e calçadões bem movimentados com lojas, cafés e bares.
Para quem gosta de badalação, uma boa opção é o bairro de Bellavista, que tem uma vida noturna bem agitada. Os mais recatados, por sua vez, podem aproveitar as várias praças e parques de Santiago para descansar ou fazer um belo passeio ao ar livre, principalmente no verão, quando o clima fica quente e seco e a temperatura atinge 23°C.
Assim como toda metrópole, a capital do Chile também tem seu centro financeiro, apelidado de Sanhattan – uma referência a Manhattan, distrito empresarial de Nova York.
A área é dominada por modernos edifícios construídos na década de 1990. O mais impressionante de todos, no entanto, ainda está por vir: com 303 metros de altura e inauguração prevista para 2014, a Gran Torre Santiago será o prédio mais alto da América Latina.