Cosmopolita, São Paulo foi construída por imigrantes
A cidade de são Paulo foi fundada em 1554 pelos padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, que construíram uma igreja e um colégio para catequizar os índios no local hoje conhecido como Pateo do Collegio. Por mais de 300 anos, no entanto, a cidade não passou de um pequeno vilarejo. Foi só a partir da década de 1870, com o boom da economia cafeeira, que ela começou a se tornar uma das mais importantes do continente.
Nessa época, a cidade passou a ser um ponto de parada obrigatório na rota do café: por um lado, os trens que vinham das fazendas do oeste paulista carregados com o produto tinham que passar pela cidade antes de descer a serra para chegar no porto de Santos; por outro, os imigrantes que dembarcavam aos milhares para trabalhar na lavoura do café ficavam um tempo na capital antes de seguir para o interior. Logo surgiram as primeiras indústrias, e, no começo do século 20, São Paulo já despontava como uma das maiores cidades do Brasil.
Italianos, portugueses, espanhóis, alemães, árabes, japoneses... aos poucos o pequeno vilarejo se enchia de gente vinda do mundo todo. Esse movimento continuou durante toda a primeira metade do século 20, quando a cidade recebeu milhares de imigrantes que fugiam da Primeira e da Segunda Guerra Mundiais.
Por isso, em São Paulo é possível encontrar influências de culturas de vários países, que marcaram a paisagem da cidade. Um bom exemplo é o bairro da Liberdade, na região central, que é um verdadeiro Japão em miniatura. Mais forte é a presença da cultura italiana, presente até hoje em bairros como o Bixiga, no centro, e a Mooca, na zona leste.
Com o tempo, as fábricas migraram para outros polos industriais situados no ABC paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano, na região metropolitana de São Paulo. Foi por isso que, a partir da década de 1970, o setor de serviços se tornou o principal ramo da economia da cidade.
A cidade hoje
Se Brasília é o centro político do país, São Paulo é o centro econômico. É na capital paulista que as empresas multinacionais fixam suas filiais e buscam novos mercados. Com cerca de 19 milhões de habitantes em toda a região metropolitana, no entanto, a infraestrutura urbana às vezes deixa a desejar. O trânsito é um dos grandes problemas da cidade. Como o sistema público de transporte não atende à demanda da população, a quantidade de carros nas ruas é gigantesca, o que chega a paralisar a metrópole em horários de pico. De olho da Copa do Mundo de 2014, a prefeitura e o governo do estado estão ampliando as ciclofaixas e o metrô, mas o problema ainda está longe de ser resolvido.
Por outro lado, a cidade tem uma grande oferta cultural, com restaurantes de todos os tipos de culinária, cinemas e teatros. Assim como Nova York, São Paulo quase nunca dorme, e é possível encontrar coisas para fazer 24 horas por dia. É à noite, aliás, que a capital paulista tem mais a oferecer: a vida noturna da cidade é a mais agitada do país e já está entre as mais bem cotadas do mundo.