Museu em SP usa tecnologia para contar história do português

O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, traz uma proposta inovadora: usa tecnologia de ponta e recursos multimídia para explicar a formação da cultura de um país a partir da história de seu idioma. Vídeos, áudios e animações mostram como as palavras e sons trazidos de Portugal ganharam características muito especiais no Brasil, sob a influência de indígenas africanos e outros povos europeus

O museu funciona dentro da Estação da Luz, um dos grandes patrimônios históricos do centro de São Paulo

Na entrada há um telão de 106 metros, que mostra os diferentes usos do idioma. A dimensão do painel possibilita a exibição de 11 filmes, que deixam evidente a diversidade cultural do Brasil

Totens equipados com modernos recursos multimídia explicam as influências de línguas africanas, indígenas e europeias sobre o português falado no Brasil

O Beco das Palavras é o lugar mais popular entre os jovens. Uma mesa sensível ao toque permite que as pessoas montem palavras, juntando o radical a sufixos e prefixos

A Linha do Tempo faz parte da mostra fixa e conta a evolução do português, desde o nascimento da língua, na Europa da Idade Média, até as transformações pelas quais o idioma passou no Brasil

O Museu da Língua Portuguesa se parece mais com uma amostra audiovisual do que com um museu tradicional. Em uma sala, textos famosos são projetados no teto e nas paredes ao mesmo tempo em que são lidos por grandes artistas e intelectuais brasileiros

No Auditório é exibido um filme sobre as origens do português

A Árvore da Língua é uma estrutura de 16 metros logo na entrada do museu. É possível admirar toda sua extensão conforme o elevador panorâmico sobe

O espaço traz exposições temporárias, que homenageiam grandes autores, como Jorge Amado, cuja obra foi tema de uma mostra em 2012, ano do centenário do escritor

A exposição trouxe uma seção dedicada à influência da militância política do autor baiano em sua obra

Oswald de Andrade, um dos nomes mais importantes do Modernismo brasileiro foi lembrado em 2011 e 2012

Guimarães Rosa, autor do clássico Grande Sertão: Veredas, foi homenageado em uma mostra com instalações arrojadas nos anos de 2006 e 2007

A poetisa Cora Coralina também foi lembrada no primeiro pavimento do museu, destinado a mostras temáticas e temporárias

A mostra sobre Machado de Assis trouxe como atração grandes painéis com os capítulos de obras conhecidas. Na imagem, um trecho do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas