Pateo do Collegio preserva história da fundação de São Paulo

Foi ao redor do Pateo do Collegio que São Paulo cresceu e se tornou a maior cidade da América do Sul. O berço da cidade fica no alto de uma colina que na época era cercada pelos rios Tamanduateí e Anahagabaú. Os padres jesuítas que vinham do litoral decidiram fundar um colégio ali, e escolheram o lugar por uma questão de segurança, pois estariam protegidos pelos rios e poderiam ver facilmente a aproximação de indígenas hostis. Hoje, o local abriga um museu, uma biblioteca e ainda mantém parte da construção da primeira igreja. Endereço: Praça Pateo do Collegio, 2, Centro. Tel.: 11 3105.6898

No dia 25 de janeiro de 1554, o padre José de Anchieta realizou a primeira missa na vila de São Paulo de Piratininga, como era conhecida a atual capital paulista. A cerimônia aconteceu no Pateo do Collegio, que inicialmente não passava de uma cabana onde moravam 13 jesuítas

José de Anchieta (à direita) nasceu na Espanha e estudou filosofia em Portugal. Chega ao Brasil em 1553 para ajudar na evangelização do país. Com menos de 20 anos, participou da fundação do Colégio de São Paulo (onde moravam os jesuítas) e aprendeu a língua tupi. Além de educar e catequizar os índios, atuou na defesa do povo contra os abusos dos colonizadores. Na igreja do Pateo pode-se ver o fêmur do religioso

Os jesuítas contaram com um importante aliado na catequização dos índios: o cacique tupiniquim Tibiriçá, o primeiro a receber os ensinamentos religiosos de José de Anchieta. O indígena participou da fundação de São Paulo e escolheu o local onde seria construído o Mosteiro de São Bento. Seus restos mortais encontram-se na cripta da Catedral da Sé. A pintura acima retrata o índio e o padre espanhol

Monumento Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo, localizado em frente ao Pateo do Collegio. Esculpido pelo artista italiano Amadeo Zani, a coluna é de granito rosa polido, enquanto a estátua no topo é de bronze; na mão direita, a figura feminina segura uma tocha, símbolo do amor eterno; na esquerda, um ramo de louros e uma foice simbolizam a glória e o trabalho

O Museu Anchieta, localizado dentro do Pateo do Collegio, exibe textos, mapas, maquetes e peças que relembram a história da fundação de São Paulo, além de coleções de arte sacra e dos antigos pertences do padre espanhol

Cripta do Pateo do Collegio, a primeira da cidade. As paredes de pedra são remanescentes da antiga Igreja do Pateo, erguida no século 17

O quadro de Antonio Ferrigno retrata a Ladeira Porto Geral na época da fundação da cidade. O nome da via é uma referência ao porto às margens do rio Tamanduateí que havia no local na metade do século 16

Hoje, a mesma Ladeira Porto Geral é um movimentadao ponto de comércio de camelôs no centro da cidade. O rio e o porto não estão mais no local, mas o nome sobreviveu