Visita a igrejas de Lima é viagem ao período colonial
Por um instante, esqueça as ruínas incas de Machu Picchu. Em Lima é possível fazer outra viagem no tempo: quem entra em alguma das várias igrejas da cidade é transportado para o período colonial, quando a atual capital do Peru era um dos centros administrativos mais importantes do Império Espanhol nas Américas. Não é preciso ser religioso para contemplar a beleza dos edifícios, que se destacam pela arquitetura e pela riqueza histórica e cultural que abrigam em seu interior. A dica é visitá-las pela manhã, acompanhado de um guia turístico.
No centro histórico da cidade, o destaque é a Catedral de Lima. Construída em 1555, segue o estilo neoclássico e já foi reformada cinco vezes em razão de danos causados por terremotos. É considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco e abriga em seu interior belos mosaicos, um museu de arte religiosa e os restos mortais de Francisco Pizarro, o conquistador espanhol que assassinou o último imperador inca e deu início à colonização do Peru.
Já o Monastério e Igreja de San Francisco é famoso pelas catacumbas, onde mais de 75 mil pessoas foram enterradas entre os séculos 17 e 18. A ampla biblioteca – onde há textos do período colonial – e as obras de arte são um espetáculo à parte. Franciscanos ainda moram no local, mas as residências não fazem parte da visita.
Próximo à Plaza de Armas fica o Monastério e Igreja de Santo Domingo. Inaugurada no século 16, ela foi destruída por terremotos e reconstruída v Nela estão os restos mortais de Santa Rosa de Lima, a primeira sul-americana a ser beatificada e canonizada, em 1667 e 1671, respectivamente. Monastério, catacumbas e biblioteca estão abertos para visita.
Um dos templos religiosos mais notáveis de Lima é a Basílica de Nuestra Señora de la Merced, construída em 1535. Só a fachada já vale a visita. De estilo barroco, é toda trabalhada em pedra e granito, e traz a estátua da Virgen de las Mercedes no alto. Em 1746, o edifício foi abalado por um terremoto e, posteriormente, foi reformado.
Outra igreja que segue o estilo barroco é a de San Agustín, também no centro histórico de Lima, em frente à praça que recebe seu nome. A construção começou em 1573, mas a fachada, repleta de adornos esculpidos em pedras, só terminou em 1710. Em seu interior está uma famosa escultura de madeira chamada “La Muerte”. A obra foi produzida no século 18 pelo artista peruano Baltazar Gavilán, que teria enlouquecido depois de ver sua própria criação no meio da noite.
O Convento de los Descalzos, cujo nome é uma referência aos frades franciscanos, foi fundado no século 16 e atualmente abriga um acervo de mais de 300 quadros do período colonial, incluindo obras do renomado pintor peruano Diego Quispe Tito, considerado o principal representante da Escola de Pintura de Cuzco. No local o visitante também pode ver um antigo sistema de produção de vinho e as antigas celas monásticas.
Serviço
Catedral de Lima
Plaza Mayor (Plaza de Armas), centro histórico
00xx 51 1 427.96.47
Monastério e Igreja de San Francisco
Plaza de San Francisco, centro histórico
00xx 51 1 427.1381
Monastério e Igreja de Santo Domingo
Rua Camaná, próxima ao palácio do governo, centro histórico
00xx 51 1 427.6793
Basílica de Nuestra Señora de la Merced
Rua La Merced com a Jesús Nazareno, centro
00xx 51 1 427.8199
Igreja de San Agustín
Rua Camaná, próxima ao palácio do governo, centro histórico
00xx 51 1 465.8359
Convento de los Descalzos
Alameda de los Descalzos, 202, Rímac
00xx 51 1 481.0441