Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Última semana para ver exposição de Mário de Andrade no MASP

É a primeira exposição a abordar o olhar queer do escritor pai de Macunaíma, [...]

3 jun 2024 - 15h00
(atualizado às 15h45)
Compartilhar
Exibir comentários

No próximo domingo, 9 de junho, termina a exposição Mário de Andrade: duas vidas, em cartaz no MASP (Museu de Arte de São Paulo).

Considerada a primeira exposição a abordar o olhar queer do pai de Macunaíma, a exposição tem curadoria de Regina Teixeira de Barros e reúne 88 peças do acervo do IEB-USP (Instituto de Estudos Brasileiros), entre imagens sacras e obras de arte reunidas pelo escritor-colecionador.

Ainda que o escritor fosse considerado à frente de seu tempo, discussões levantadas por ele, como preservação do patrimônio histórico e valorização da cultura popular, ainda são assuntos mal resolvidos no Brasil.

Em se tratando de sexualidade, então, essa exposição no MASP não poderia ser mais atual e necessária.

Foto: Eduardo Ortega/Divulgação / Viagem em Pauta

"Da mesma forma que a questão racial [do Mário] foi um tabu, durante muitos anos, o mesmo aconteceu com a sexualidade dele. Ao falar desse assunto, se desfaz um pouco essa homofobia estrutural que a gente vive. Não falar da sexualidade do Mário significa silenciar e colaborar com essa estrutura social mais engessada", analisa Regina, em entrevista para o Viagem em Pauta.

Mário de Andrade: duas vidas está dividida em três núcleos temáticos.

O primeiro tem retratos feitos por artistas como Lasar Segall, Candido Portinari e Tarsila do Amaral, com suas "pinturas de um Mário oficial, conhecido e divulgado", como explica Regina.

O outro expõe figuras religiosas adquiridas por esse colecionador de arte compulsivo, que chocou a família católica quando chegou em casa com a escultura de um Cristo de tranças, assinada por Victor Brecheret.

"Onde se viu Cristo de trancinha! Vosso filho é um perdido mesmo", estrilou uma velha tia.

"São imagens canonizadas pela historiografia da arte, mas que você pode contemplá-las sob um olhar gay", analisa a curadora.

O público poderá ver também a seleção de fotografias que o antiviajante fez de trabalhadores, em suas viagens pelo Norte e Nordeste brasileiros, alguns deles com o corpo semi nu, como a de um homem subindo num coqueiro só de bermuda.

A exposição faz parte da programação anual do  MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+.

Mário por Tarsila do Amaral, em 1922
Mário por Tarsila do Amaral, em 1922
Foto: Divulgação / Viagem em Pauta

SAIBA MAIS

MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Avenida Paulista, 1578 - Bela Vista

Tel.: (11) 3149-5959

Terças, das 10h às 20h; e de quarta a domingo, das 10h às 18h

R$ 70 (inteira) e R$ 35 (estudantes, professores e maiores de 60 anos)

Grátis, às terças

Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos

Viagem em Pauta
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade