Viagem nacional ainda é preferência de 97% dos brasileiros: veja destinos
Destinos de sol e praia lideram o [...]
Realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua traz um dado curioso sobre o pós-pandemia, no mercado de viagens no Brasil.
De acordo com o PNAD Contínua, que quantifica os fluxos de viagens nacionais, 20,4 milhões de brasileiros viajaram para destinos nacionais, em 2024, injetando R$ 20 bilhões na economia do Brasil. Dos 77,4 milhões (19,8%) de domicílios visitados pelos pesquisadores, 97% dos destinos escolhidos foram nacionais.
Ainda segundo o levantamento, houve um aumento de 71,5% na comparação com 2021 (12,3 milhões), em relação ao número de viagens, o que representou um crescimento de 78,6%, também em relação a 2021, quando o turismo doméstico foi responsável por injetar R$ 11,3 bilhões no país.
VIAGEM NACIONAL
A motivação da maior parte das viagens foi: questão pessoal (85,7%), lazer (38,7%) e visita ou evento de familiares e amigos (33,1%).
Entre as pessoas que viajaram por motivos profissionais (14,3%), a maioria (82,4%) se deslocou a negócios ou a trabalho. Para 11,6%, a decisão teve como objetivo a participação em eventos e cursos de desenvolvimento profissional.
Entre os locais mais procurados por quem fez uma viagem nacional por lazer, em 2023, quase metade (46,2%) buscou destinos de sol e praia, enquanto 22% procuraram natureza, ecoturismo ou aventura.
Curiosamente, o segmento cultura e gastronomia registrou a preferência de 21,5% dos viajantes, um aumento em relação a 2021, quando foi a escolha de 16% dos turistas.
PROCEDÊNCIA
A maioria das viagens de lazer (55,1%) começaram no estado Rio de Janeiro. Na sequência, Distrito Federal, com 54%; São Paulo (48%) e Santa Catarina (45%).
Na região Nordeste, Pernambuco assume a primeira posição das viagens realizadas pelos moradores, com 40,2%, e no Norte do país, Roraima (41,6%).
O uso de meios de transporte não coletivos, como carro particular e de empresa, caiu de 57,2%, em 2021, para 51,1%, em 2023.
As viagens de 1 a 5 pernoites predominaram em 2023, representando 52,6% do total. E a maioria dos turistas (41,8%) optou em ficar nas casas de parentes e amigos.
GASTOS
De acordo com a pesquisa do IBGE, a hospedagem foi a responsável pela maior parte do investimento do viajante, cujo valor médio foi de R$ 1.563,00, seguida de alimentação, com R$ 621, transportes (R$ 544) e compras (R$ 523).
Quem partiu do Nordeste teve o menor gasto: R$ 1.170. No entanto, quando o destino era algum estado da região, foram registradas as maiores cifras, com uma média de R$ 2.321.
Quanto ao perfil econômico, a maioria das viagens realizadas no ano passado (46%) foi feita por pessoas de domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos. Já entre aqueles com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, o percentual chegou a 11,6%.