Usar shampoo a seco é uma boa ideia? Especialista responde
O uso contínuo do shampoo a seco pode desencadear problemas que favorecem a queda de cabelo; veja como utilizá-lo corretamente
O shampoo a seco é um item que está presente no kit de beleza de muitas mulheres por ser uma maneira prática de dar volume e melhorar a aparência dos cabelos, principalmente quando eles estão sujos. Mas diferente do shampoo comum, que remove os resíduos dos fios e do couro cabeludo, o shampoo a seco deposita substâncias sólidas no cabelo que absorvem o excesso de oleosidade.
"Os shampoos comuns apresentam a finalidade de higienizar os cabelos, já o shampoo a seco não tem essa função. O que ele faz é mascarar a aparência oleosa dos fios. Por isso, o nome shampoo não é o mais adequado para esse tipo de produto, já que ele não remove sujidades, células mortas e nem poluentes, fazendo com que se acumulem nos fios e no couro cabeludo", expõe Jackeline Alecrim, especialista em produtos e cuidados capilares.
Uso correto do produto
Para prevenir danos ao cabelo, o ideal é lavar os fios, no máximo, 24 horas após o uso do shampoo a seco, conforme explica a especialista. Isso evita que as substâncias presentes no produto atuem nos fios e no couro cabelo por um longo período, provocando dermatites e a proliferação excessiva de microrganismos por causa da falta de higienização adequada.
"Além de evitar o uso frequente, jamais se deve adotar o shampoo a seco como uma substituição frequente do shampoo tradicional, já que isso provoca o acúmulo de células mortas, fungos e bactérias que podem desencadear problemas secundários que favorecem a queda de cabelo, como alopecia androgenética (calvície), caspa, dermatites, seborreia e psoríase", alerta.
Por isso, o recomendado é utilizá-lo apenas naqueles dias em que você não conseguirá lavar o cabelo, ou seja, esporadicamente. "O uso do shampoo a seco uma vez a cada dois ou três meses não trará grandes malefícios, apenas ressecamento nos fios e no couro cabeludo, algo que pode ser facilmente revertido com o uso de produtos adequados", completa.
Fonte: Jackeline Alecrim, cientista e especialista em Cosmetologia Avançada, Fitoativos e Farmacologia Clínica.