Veganismo: tudo o que você precisa saber para adotar uma boa dieta
Nutrólogo orienta quem quer abandonar o consumo de proteína animal. Entenda os benefícios para a saúde e como fazer as substituições certas no veganismo
Após 18 anos separados, Wanessa Camargo e Dado Dolabella voltaram a namorar. A volta do relacionamento, no entanto, trouxe uma grande mudança para a vida de Wanessa: ela agora se tornou adepta do veganismo. O objetivo é acompanhar a rotina saudável do namorado, que é ativista das causas animais desde 2015.
O Dr. Fernando Cerqueira, médico nutrólogo e membro da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (Sobraf), destaca que o veganismo não é uma dieta, mas um estilo de vida. Quem quer se tornar vegano deve compreender isso antes de tudo.
Benefícios do veganismo
Para quem se identifica com o estilo de vida e quer seguir adiante com o veganismo, o médico aponta benefícios incríveis:
- Mais facilidade para chegar e manter o peso ideal;
- Melhor controle da pressão arterial;
- Facilidade em controlar o colesterol;
- Diminuição do risco de desenvolver doenças cardiovasculares ou diabetes.
Entretanto, é preciso tomar cuidado. O Dr. Fernando alerta para os danos de uma alimentação vegana ruim. "Muitos adeptos desse estilo de vida, podem ter insuficiência de ferro, proteína, vitaminas e nutrientes importantes, como a vitamina B12, que é responsável pela saúde do cérebro e só é encontrada na proteína de origem animal. Também pode ocasionar a queda de cabelo, e anemia por falta de ferro", adverte.
Como manter uma nutrição rica
O nutrólogo indica algumas opções para substituir a proteína animal, como feijão, couve, grão de bico, soja, espinafre, abacate, espinafre e lentilha. "Existe mais uma infinidade de alimentos que só precisam da criatividade de quem irá fazer as refeições", comenta.
Ele acrescenta que, quase sempre, os veganos irão precisar de uma suplementação, e também do acompanhamento com um especialista. "Os suplementos devem ser ingeridos com frequência. Claro que essa é uma questão que varia de paciente para paciente, mas a suplementação das vitaminas B12, vitamina D, ômega-3, iodo, ferro, cálcio e zinco são sempre bem-vindas", declara.
No entanto, ingerir suplementos não é uma escolha individual. "É necessário realizar vários exames para saber da necessidade de cada um, e se existe a necessidade suplementação", finaliza.