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Ter fechadura portátil e evitar bairro LGBTfóbico: dicas de viagem para a comunidade LGBTQIA+
Fazer uma pesquisa prévia dos lugares e listar precauções de segurança e itens essenciais são algumas dicas que podem ajudar
Planejar uma viagem, para quem faz parte da comunidade LGBTQIA+, envolve considerações específicas para garantir uma experiência segura, inclusiva e gratificante.
Ao Terra NÓS, as criadoras de conteúdo Bruna e Nayara, que têm 100 mil seguidores no perfil “bespelomundoo” nas redes sociais, revelaram algumas dicas essenciais para realizar uma ótima viagem. Juntas há 12 anos, elas compartilham diariamente em suas redes sociais dicas de viagens para pessoas LGBTQIA+ e conselhos sobre relacionamento.
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Os destinos românticos escolhidos pelos casais LGBTQIA+ famosos
Destinos
Viajar para destinos inclusivos é importante para garantir uma experiência segura. Optar por lugares que respeitam a diversidade não apenas proporciona um ambiente mais confortável, como também permite que os viajantes se sintam verdadeiramente livres. O Nordeste brasileiro, conhecido por suas paisagens deslumbrantes, também se destaca pela calorosa hospitalidade.
“O Nordeste, em geral, é bem acolhedor. Mas indicamos Jericoacoara, Pipa, Porto de Galinhas, Caraíva e Natal”, disseram.
Viajantes destemidas, Bruna e Nayara também compartilharam uma experiência que viveram em Natal sendo mulheres lésbicas. “Fizemos um passeio em Natal com casais 50+, heterossexuais. Eles trataram a gente com a maior naturalidade do mundo, tiravam fotos nossas e a gente deles, assim como qualquer outro casal. Foi muito legal. Isso pode parecer pequeno para quem é hétero, mas para nós é uma grande coisa.”
Além disso, Gramado (RS), Pedra Azul e Santa Teresa (ES), Bento Gonçalves (RS), Praia de Carneiros (PE), Jericoacoara e Canoa Quebrada (CE), Paraty (RJ) e Fernando de Noronha (PE) são ótimas opções indicadas por Bruna e Nayara para quem quer viajar em casal.
Planejamento
Assim como qualquer viajante deve fazer, o planejamento da viagem para definir o melhor lugar para se hospedar, quanto dinheiro levar, como economizar e outros pontos é fundamental. É aconselhável fazer uma lista, além de decidir qual transporte utilizar para chegar ao destino, quantidade de dias que irá passar e ficar atento às promoções de passagens.
Para Bruna e Nayara, viajar com mais pessoas e escolher onde fazer a refeição também é importante para quem quer economizar. “Pesquisar restaurantes mais acessíveis e self service. Comprar comida e lanches no supermercado local. Fazer passeios em grupo. Procurar os melhores programas gratuitos no lugar que você vai. Viajar com mais pessoas, também é uma forma de economizar”, disse o casal.
Fazer uma pesquisa prévia é crucial para um casal LGBTQIA+. “Não dá para chegar no lugar e ficar no bairro mais homofóbico da cidade. Não tem como ir no passeio com o pessoal que não apoia a nossa causa. Por isso, precisamos pesquisar indicações, ler os comentários e avaliações”, comentam.
Hospedagem
Ao pesquisar o melhor lugar para se hospedar em uma viagem, veja o custo benefício e compare os valores de hotéis e pousadas em sites seguros, verificando hospedagens em diferentes bairros.
“A maior dica é ler atentamente os comentários de quem já ficou por lá. Mas algo muito importante é a indicação de pessoas que confiamos. Por isso, seguir perfis como o nosso, que se importa com a segurança de casais e mulheres é importante. Seguimos indicações de outros perfis e só indicamos o que realmente gostamos”, contaram.
As duas compartilharam ainda que já passaram por um momento desconfortável em um lugar que se hospedaram. “O que, infelizmente, às vezes acontece é um quarto com duas camas de solteiro, apenas por sermos duas mulheres. Nós esclarecemos para a recepção e pedimos a troca do quarto. Isso já aconteceu algumas vezes e sempre resolvemos assim, na conversa.”
-rh5hq0tmo9pz.png "Bruna e Nayara compartilharam que é sempre bom deixar a localização ligada e que evitam passeios com guia homem se estiver apenas as duas")
Segurança
Garantir a segurança é preocupação essencial em um mundo onde o preconceito ainda é a realidade em muitos lugares. E uma dica é fazer uma lista com itens para levar e precauções de segurança. “Deixe a localização ligada, procure lugares com recomendações, tenha uma fechadura de porta portátil, que impede alguém do lado de fora de abrir a porta e é facilmente encontrada para vender na internet, sempre prefira lugares com mais mulheres e pesquise.”
Experientes em viagens e conselhos, as criadoras de conteúdo revelaram algumas orientações. “Nunca permanecemos em um lugar que estamos nos sentindo inseguras. Além disso, sempre nos posicionamos por onde passamos, sem risadas, piadas ou algo assim. Evitamos estrada à noite, evitamos lugares onde tem poucas mulheres, evitamos passeios só com a gente e um guia homem.”
Hospedagens com poucas fotos, poucas recomendações e comentários em bairros muito afastados, também são alguns sinais para observar ao escolher um destino.
Atividades
Fazer passeios também são parte de uma viagem e a melhor maneira de encontrar atividades ou eventos inclusivos para a comunidade é pesquisando em redes sociais. “Indicações de amigos também. Pesquisamos muito antes de ir para algum lugar e, claro, perguntamos aos locais quando chegamos lá, sempre surgem programações legais sugeridas por quem mora na região”, compartilharam.
Atividades como mergulho, trilha, assistir o nascer e o pôr do sol são algumas indicações de Bruna e Nayara para quem deseja fazer passeios em casal. “O melhor é procurar os lugares mais legais e famosos e filtrar os lugares que têm a ver com você e seu estilo de viagem.”
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