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Vicente Valle: para ficar de olho!

O ator interpreta um vilão na primeira novela brasileira da Netflix Vicente Valle vem se destacando no cenário artístico com atuações marcantes. Atualmente, o ator de 22 anos interpreta o vilão Robson na primeira novela brasileira da Netflix, Pedaço de Mim, e está no elenco da série A vida pela frente, no Globoplay. Além de […]

18 out 2024 - 17h47
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O ator interpreta um vilão na primeira novela brasileira da Netflix

Vicente Valle vem se destacando no cenário artístico com atuações marcantes. Atualmente, o ator de 22 anos interpreta o vilão Robson na primeira novela brasileira da Netflix, Pedaço de Mim, e está no elenco da série A vida pela frente, no Globoplay. Além de um escritor premiado, Vicente lança, este ano, seu primeiro longa e um áudio-série original. Confira nossa entrevista exclusiva com o ator.

Vicente, créditos: Bê Riley
Vicente, créditos: Bê Riley
Foto: Revista Malu

Vicente, você está no elenco de Pedaço de Mim, a primeira novela brasileira da Netflix, interpretando o vilão Robson. Como foi a experiência de trazer esse personagem à vida em uma produção pioneira para a plataforma?

"Foi um processo muito prazeroso e de descoberta constante, tanto por ser uma estreia, quanto por ser um projeto pioneiro. O ambiente era o melhor para isso, por estar entre amigos no núcleo jovem, e pela produção envolver as pessoas mais talentosas e qualificadas do mercado.

Construir o Robson foi um processo conjunto com a Ana Kutner, a preparadora, e a gente sabia que o projeto tinha alguns vilões, especialmente os homens. E a 'palavra de ordem' para esses personagens - até irônico para quem viu a série (risos) - era 'verdade'. Sabíamos que era preciso construir esses vilões calcados na verdade. Para mim, o caminho para isso é achar em mim o que é o Robson, e no Robson o que é Vicente, e trabalhar nessa ponte. Tenho recebido muitos feedbacks incríveis, e muitos me dizem isso, do quanto a verdade do personagem fez as pessoas sentirem ódio, por reconhecer alguém real ali."

A peça O Cálice, que marcou a reabertura do Teatro Tablado, foi um marco na sua carreira. Como foi participar de um projeto tão significativo, especialmente em um momento tão importante para o teatro brasileiro?

"O Cálice foi uma alegria sem tamanho, um momento de reabertura dos teatros e de final da pandemia. Era uma peça viva, divertida, e que tinha como única intenção fazer rir. E me mostrou verdadeiramente o poder do riso. Especialmente para pessoas que tinham ficado dois, três anos sem ir ao teatro, às vezes com esse riso embargado, com as bocas (corretamente) tapadas pelas máscaras. E essas pessoas puderam lotar o Tablado e colocar para fora esse ar que estava preso no pulmão, e chorar de rir com a gente. Eu acredito mesmo que, por mais que não falasse das questões sociais urgentes naquele momento, era uma peça necessária para aquele instante no Rio de Janeiro. Rir é crucial na vida."

Além de atuar, você também escreveu e venceu o Prêmio Literário Paulo Henriques Britto em 2023. Como a escrita influencia sua atuação e vice-versa?

"Sempre entendi o ator como um contador de histórias, assim como o escritor, o cantor, etc. De alguma forma, acho que ainda somos e honramos a história daqueles atores e comediantes da antiguidade. Aqueles que circulavam pelas cidades inventando histórias e personagens, para fazer as pessoas rirem e chorarem nas ruas. De um ponto de vista mais prático, a escrita é uma das melhores formas de desenvolver foco e imaginação, duas habilidades essenciais para a atuação. E ambas se veem cada vez mais ameaçadas com as telas hoje em dia."

Esse ano estreia seu primeiro longa como escritor, Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais. Quais foram suas principais inspirações ao reescrever as histórias de Domingos Oliveira?

"A inspiração foi o próprio Domingos Oliveira. Ele é uma referência obrigatória para quem quer fazer cinema, teatro e TV no Brasil. E além disso, foi um autor inspiradoramente profícuo até o fim da vida. Mas, acho que é justo dizer que alguns de seus textos 'envelheceram' um pouco. Nosso objetivo era manter a essência humana dos conflitos e tom, ritmo, humor e inteligência dos diálogos que eram a marca dele. Mas, ao mesmo tempo, tratando das temáticas de maneira mais fresca e atual. Eu espero que o filme possa, ao mesmo tempo, honrar esse legado, enquanto também abre espaço para consolidar novas vozes no nosso cinema nacional, como a Renata Paschoal, a diretora, e nós roteiristas."

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