Bia Ferreira, ouro do boxe nos Jogos Pan-Americanos, é cria da periferia de Salvador
Atleta é de Nova Brasília e começou no esporte aos quatro anos
De Nova Brasília, periferia de Salvador, Beatriz Ferreira, 30, conquistou mais uma vitória em sua trajetória como boxeadora: o ouro nos Jogos Pan-Americanos. Nesta sexta-feira (27), a atleta venceu a colombiana Angie Valdes, na categoria até 60kg.
Bicampeã dos Jogos Pan-Americanos, Bia já conquistou duas vitórias no mundial e pretende se aposentar depois dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, onde quer conquistar uma medalha de ouro.
Aos quatro anos de idade, a atleta já sabia o que queria fazer, ser boxeadora que nem o pai, Raimundo Ferreira, o Sergipe, bicampeão brasileiro de boxe. Acompanhando o pai nas competições, Bia foi treinada por Sergipe, tendo que lutar com homens por um tempo.
Morando em Juiz de Fora, Minas Gerais, Bia também aprendeu muay thai, esporte que acabou ocasionando sua desclassificação do Campeonato Brasileiro em 2014 -- já que as regras da Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) dizem que o atleta não pode fazer outro esporte. Assim, Beatriz foi suspensa, impedida de lutar por dois anos.
Mas ela não desistiu do sonho. A boxeadora viajou até São Paulo para participar dos Jogos Abertos em 2016, chamando a atenção dos olheiros da seleção brasileira de Boxe.
Logo depois, Beatriz foi chamada para fazer parte do projeto Vivência Olímpica, programa do Comitê Olímpico Brasileiro. Por meio dele, a atleta teve a oportunidade de conhecer grandes nomes do esporte, como Adriana Araújo, medalhista com quem treinou.
No Instagram, Bia faz questão de compartilhar seu trabalho, medalhas e treinos, empenhada em conquistar o ouro nas competições que participa. “Comemora Bia, você é gigante, você é bicampeã dos Jogos Pan-Americanos”, escreveu a assessoria em postagem feita nesta sexta-feira.