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Chico Brownie: camelô que vende doces veganos pelas ruas de SP

Marca de André Cecílio, da zona norte de São Paulo, trabalha com brownies veganos e artesanais há oito anos

19 out 2023 - 05h00
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Chico Brownie nasceu em 2015 e a clientela já possui seus sabores favoritos
Chico Brownie nasceu em 2015 e a clientela já possui seus sabores favoritos
Foto: Reprodução: Instagram/_andrececilio/chicobrownie

Empreendendo no mercado dos doces, André Cecílio, de 28 anos, é de Imirim, zona norte de São Paulo, e circula pela cidade com sua cestinha repleta de brownies veganos e artesanais para vender. Cozinheiro há 10 anos, ele criou a empresa Chico Brownie em 2015.

“O Chico Brownie nasceu, inicialmente, como um produto autoral e artesanal para compensar o meu descontentamento com a falta de boas oportunidades no mercado de trabalho gastronômico”, diz André, em entrevista ao Visão do Corre. Ele queria ter mais autonomia na criação dos produtos e no crescimento pessoal na área da cozinha. 

Com oito anos de caminhada, André testou muitas receitas de brownie. Por mais que goste de todos, os clientes têm sabores favoritos. “Hoje, apesar de trabalhar com um cardápio mais enxuto, mas ainda cheio de opções, produzo sabores que já sei que têm uma melhor performance. O Chico Brownie mais vendido é o de café, seguido do Chico Brownie de morango”, conta.

Em relação aos desafios que enfrenta ao produzir brownies de alta qualidade, o empreendedor destaca que crescer economicamente é o maior deles. “São muitas funções dentro de uma empresa e eu trabalho sozinho. Meus recursos acabam sendo um pouco limitados e o meu trabalho tem um valor acessível. Então, apesar de conseguir pagar todas as contas, meu maior desafio é ver uma progressão financeira”, avalia. 

Além disso, André comenta que a ignorância das pessoas sobre um indivíduo ser camelô o faz sofrer preconceito em transportes públicos, na rua ou em lugares privados quando está com sua cesta de brownies.

“A figura do camelô é completamente marginalizada e desvalorizada pela sociedade. As pessoas não entendem o que eu faço como trabalho, profissão ou ocupação. Socialmente, quem trabalha na rua o faz 'por passar necessidade' ou 'por falta de opção', o que não é verdade."

Em resposta ao preconceito, o jovem mantém a cabeça erguida. “A superação para isso se dá através da resistência e resiliência, pela fé que tenho no meu trabalho, do produto ao propósito. É um trabalho de formiguinha, passo a passo”, diz.

A relação com os clientes 

Uma boa relação com os clientes é importante em qualquer negócio. Como Chico Brownie, o empreendedor viveu muitas experiências e relata que o carinho da clientela com o seu trabalho é uma das melhores partes.

“Uma vez uma cliente me viu vendendo brownies na rua e me contou que durante a pandemia encomendou muito Chico Brownie, que era o doce afetivo dela nos dias de isolamento social e que o que eu fazia era muito importante pra ela. Isso é mágico pra mim”, finaliza André.

Fonte: Visão do Corre
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