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“É inaceitável que costureiras recebam tão pouco”, diz ator que cria moda na 1ª favela do RJ

Contra exploração de mulheres negras, Phellipe Azevedo e a esposa desenvolvem marca agênero no Morro da Providência

14 abr 2025 - 04h59
(atualizado às 09h51)
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Resumo
Peças vestiram atores como Lázaro Ramos e Enrique Diaz, estão em filmes como Ó Paí, Ó 2 e Kasa Branca, enquanto a estilista Renata Alves foi a única mulher convidada a criar a camisa oficial do Palco Favela, no Rock In Rio. Ela é a quarta geração de costureiras da família.
Ator Phellipe Azevedo durante gravação de Grande Sertão, dirigido pelos pernambucanos Guel Arraes e Flávia Lacerda.
Ator Phellipe Azevedo durante gravação de Grande Sertão, dirigido pelos pernambucanos Guel Arraes e Flávia Lacerda.
Foto: Divulgação

Entre outros trabalhos, você verá o ator Phellipe Azevedo na segunda temporada de DNA do Crime, série de sucesso da Netflix, mas, por trás das câmeras, ele e a esposa, a estilista Renata Alves, atuam desde 2017 com uma marca de roupas no Morro da Providência, primeira favela do Rio de Janeiro.

“Ainda se romantiza demais o glamour da moda, enquanto as mãos que fazem — em sua maioria de mulheres faveladas — seguem invisibilizadas e mal remuneradas. É inaceitável que costureiras recebam tão pouco, enquanto marcas lucram milhões”, diz Azevedo, fundador da Recusa, de moda agênero.

Ele é cria do conjunto de favelas do Caju, e a esposa, do Morro da Providência. Renata Alves é a quarta geração de costureiras da família. A marca do casal pretende expressar arte, favela, audiovisual e moda, com peças que atendam aos corpos sem distinção de gênero e que tenham transparência em toda sua cadeia produtiva.

A moda feita por Renata Alvez pretende valorizar quem faz, respeitar o tempo da criação e colocar a escuta no centro de tudo
A moda feita por Renata Alvez pretende valorizar quem faz, respeitar o tempo da criação e colocar a escuta no centro de tudo
Foto: Douglas Dobby

Nessa linha, em 2023 a marca criou o laboratório de pesquisa e criação de moda Zezabel, que leva o nome da avó da fundadora da marca. Trata-se de uma escola livre de moda para formação, inclusão e independência de mulheres negras e favelas da cadeia produtiva da moda.

Recusa vai longe desafiando o fast fashion

A marca fundada pelo casal tem a mulher à frente e já vestiu Maeve Jinkings, Alex Nader, Lázaro Ramos, Enrique Diaz, entre outros. Atualmente, tem peças no filme Ó Paí, Ó 2 e no premiadíssimo Kasa Branca, de Luciano Vidigal.

Renata Alves à frente da marca de moda com mulheres do Morro da Providência. No ateliê, ela é protagonista e ele, coadjuvante.
Renata Alves à frente da marca de moda com mulheres do Morro da Providência. No ateliê, ela é protagonista e ele, coadjuvante.
Foto: Douglas Dobby

Como o casal não fundou a marca para fazer cena, continuam no corre. Phellipe Azevedo grava a série Os Donos do Jogo e está na segunda temporada de DNA do Crime, que será lançada até o final do ano. Também prepara o lançamento de Bando A Apresenta o Lado B do Grande Sertão, derivado do filme Grande Sertão.

Renata, à frente da Recusa, continua empenhada em pensar cada detalhe com muito rigor — da escolha dos tecidos à costura de cada peça – em 2019, ela foi a única mulher entre os cinco artistas convidados para idealizar e criar a camisa oficial do Palco Favela, no Rock In Rio.

Fonte: Visão do Corre
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