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Feira Preta anuncia pesquisa com empreendedores em 5 países

Levantamento fará retrato dos negócios tocados por gente negra de periferia, especialmente mulheres, na América Latina

3 mai 2024 - 12h00
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Resumo
A pesquisa anunciada no encontro A Força do Empreendedorismo Negro na América Latina envolverá 2.500 pessoas na Argentina, Colômbia, Peru, Panamá e Brasil. Dados sobre empreendimentos negros latino-americanos são escassos. A importância da pesquisa anunciada está justamente em gerar estatísticas para embasar propostas e ações.
Encontro na Feira Preta, em São Paulo, reforça elos entre países da diáspora africana na América Latina. Foco é reforçar o empreendedorismo
Encontro na Feira Preta, em São Paulo, reforça elos entre países da diáspora africana na América Latina. Foco é reforçar o empreendedorismo
Foto: Reprodução

O encontro A Força do Empreendedorismo Negro na América Latina, promovido pela Feira Preta no parque do Ibirapuera, na capital paulista, aproximou interesses brasileiros, latino-americanos e africanos. O principal acontecimento foi a assinatura de um acordo para pesquisa.

Ela será realizada na América Latina para compreender o empreendedorismo preto. Segundo Eddi Marcelín, executivo do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), serão pesquisados 2.500 empreendedores.

Cinco países serão pesquisados: Argentina, Colômbia, Peru, Panamá e Brasil. Adriana Barbosa, diretora-executiva da PretaHub e idealizadora do Festival Feira Preta, lembrou que o Brasil saiu na frente, em 2015, com a primeira pesquisa sobre o perfil de empreendimentos pretos. “Não existem fronteiras quando a gente fala de diáspora africana”.

Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta, aponta a necessidade de conhecer melhor o perfil dos negócios de pretos e, sobretudo, pretas
Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta, aponta a necessidade de conhecer melhor o perfil dos negócios de pretos e, sobretudo, pretas
Foto: Divulgação

Inclusão com diversidade

Estefania Laterza, diplomata de carreira e representante do CAF, explicou que o principal motivo da pesquisa é “entender melhor o fenômeno do empreendedorismo, mas precisamos de dados. Não há informação, sobretudo sobre afrodescendentes”.

Para a ativista Epsy Campbell, da Costa Rica, vivemos um momento extraordinário, porque jovens e mulheres negras quebram barreiras de forma comunitária para empreender.

“A única possibilidade de romper a exclusão é uma decisão personalíssima de empreender, apesar das condições difíceis de transformar uma ideia em uma ação de negócios”, disse.

Fonte: Visão do Corre
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