Funkeiro do Tesla faz sorteios milionários cobrando centavos
Danielzinho Grau viralizou passeando no Morro do Macaco, em Cotia, em vídeo com primeiro Tesla Cybertruck do Brasil
Entre os sorteios promovidos pelo funkeiro, o número para concorrer a um carro Mercedez C180, com preço de mercado acima de R$ 200 mil, custa R$ 0,04 centavos.
O vídeo do funkeiro Danielzinho Grau dirigindo um Tesla Cybertruck pelo Morro do Macaco, em Cotia, Região Metropolitana de São Paulo, chamou a atenção para o veículo, mas não para sua atividade de promotor de sorteios pela internet.
E nem precisaria. Com 1,6 milhões de seguidores no Instagram, a rede social de Danielzinho Grau disponibiliza link para página intitulada Danebook. Nela, vende números a centavos para sorteio de barco, helicóptero, mansões, carros e motos.
Entre os sorteios ativos, o número para concorrer a um carro Mercedez C180, com preço de mercado acima de R$ 200 mil, custa R$ 0,04 centavos. Para tentar a sorte em relação a uma moto BMW, com valor nas concessionárias acima de R$ 80 mil, o número do sorteio custa R$ 0,02 centavos.
No Instagram de Danielzinho Grau há vídeo da entrega de 20 casas e 20 carros simultaneamente. Os ganhadores vão de ônibus ao condomínio, um conjunto residencial chamado “pretolandia”.
O padrão dos prêmios é condizente com o Tesla Cybertruck, que vale cerca de R$ 2 milhões. Funkeiros, como MC Daniel e Oruam, além de influencers, entre outros famosos nas redes sociais, costumam promover sorteios virtuais semelhantes.
Onde é o Morro do Macaco?
O Morro do Macaco, por onde o funkeiro passeou com o Tesla Cybertruck, é uma das grandes favelas de Cotia, cidade com 274 mil habitantes na Região Metropolitana de São Paulo.
Altamente dependente da rodovia Raposo Tavares, dela é possível visualizar um dos lados do Morro do Macaco. Cotia é conhecida pela área verde e pela Granja Viana, região de alto padrão econômico.
No Morro do Macaco, existem todos os problemas e soluções da periferia. Em 2023, houve deslizamento de terra com as chuvas de março, desabrigando moradores. Há coletivos, artistas e jornalistas de quebrada atuando no território.