Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Restaurante faz sucesso em escadaria da periferia do Recife

Bistrô do Alto está localizado no topo da comunidade Alto Santa Isabel, zona Norte da capital pernambucana

31 mar 2023 - 14h16
Compartilhar
Exibir comentários

Inaugurado no ano passado, o Bistrô do Alto é um negócio gastronômico que nasceu de ações impulsionadoras para microempreendedores negros e periféricos. Localizado em uma escadaria da comunidade do Alto Santa Isabel, periferia da zona Norte do Recife, é exemplo de como iniciativas para mobilização de pessoas e recursos podem impactar pequenos empreendimentos periféricos.

Apesar do Bistrô do Alto ser recente, a organização sem fins lucrativos que impulsionou o negócio começou em 2011. A Baobá para Equidade Racial realiza ações e projetos em prol da população negra. Ela mobiliza recursos no Brasil e no exterior. Ano passado, o edital Negros, Negócios e Alimentação – Recife e Região Metropolitana, impactou 14 iniciativas administradas por pessoas negras.

Uma das empreendedoras beneficiadas foi Angélica Nobre, responsável pelo Angu Culinária Sustentável e Afetiva, negócio que, desde 2014, trabalha com aproveitamento integral dos alimentos. Com incentivo e apoio integral dos filhos, a empreendedora se inscreveu no edital e avançou nas etapas, até conseguir chegar ao final da seletiva. Então conquistou apoio financeiro e técnico para tirar do mundo das ideias o projeto do Bistrô do Alto.

Família de Angélica Nobre se uniu para abrir o Bistrô do Alto, na periferia do Recife: ajuda de projetos sociais foi fundamental
Família de Angélica Nobre se uniu para abrir o Bistrô do Alto, na periferia do Recife: ajuda de projetos sociais foi fundamental
Foto: Suellen Barbosa

Duas ajudas fundamentais

“Eu e meus filhos sempre tivemos muito interesse no ramo da gastronomia. Quando saiu o chamamento do edital, meu filho, formado em Administração, estava desempregado. Então conversamos e achamos super válido participar do processo seletivo. Até que conseguimos o recurso para começarmos a executar as primeiras etapas de concretização do negócio”, explica.

A empreendedora conta que foram traçados diversos planos para o negócio em reuniões, encontros, e que, além do recurso financeiro e técnico, tiveram o suporte de gestão organizacional da Verda Impacto Positivo.

Empreendedores não imaginavam o Bistrô do Alto no topo do escadão em Recife, mas apoio viabilizou negócio
Empreendedores não imaginavam o Bistrô do Alto no topo do escadão em Recife, mas apoio viabilizou negócio
Foto: Suellen Barbosa

Ela se define como um Laboratório Global de Inovação Social para Impacto Positivo. “Pedro Verda é um amigo, um parceiro que tem uma empresa de empreendedorismo social e nos ofereceu, gratuitamente, mentoria para estruturar nosso plano de negócio. Diante disso, definir nosso conceito e o impacto que gostaríamos de causar em nossa comunidade”, conta Angélica Nobre.

Investimento pessoal em dinheiro e esforço

A definição de “bistrô”, do francês bistrot, é um restaurante pequeno, que oferece em seu cardápio comida de culinária caseira, bebidas alcoólicas, sobremesas e cafés. Esse é o conceito central do Bistrô do Alto.

Além da localização, o ambiente aconchegante é pet friendly, ou seja, amigo dos animais, e está decorado com elementos que representam a cultura pernambucana. O cardápio oferece refeições individuais, para até três pessoas, e opções veganas com preço justo. 

O Bistro do Alto é um empreendimento sonhado por uma família, que contou com várias mãos para poder nascer e necessita de uma rede de apoio para se firmar. “Até a inauguração, em novembro de 2022, nós nos dedicamos inteiramente em conseguir manter a ideia inicial de ter um negócio familiar na comunidade”.

Casa da família passou por adaptações para se tornar o Bistrô do Alto, na periferia do Recife.
Casa da família passou por adaptações para se tornar o Bistrô do Alto, na periferia do Recife.
Foto: Suellen Barbosa

A família teve que reformar e adaptar a casa para se adequar à estrutura necessária a um pequeno restaurante. “Mas, para isso, não poderíamos utilizar o recurso do edital, que foi direcionado para a compra de utensílios, objetos utilitários e de decoração. Então, foram também nossas economias que possibilitaram o pontapé inicial do negócio”, lembra a empreendedora.

Funcionando há quatro meses, o negócio está andando e cresce com o interesse dos moradores locais, de outras regiões e de turistas, curiosos para comerem pagando pouco e sentindo uma brisa mais agradável do que o nível da rua.

ANF
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade