Conheça as favelas que vivem sob terror na Baixada Santista
Ocorrências de violência policial têm acontecido em várias comunidades no Guarujá, saiba como denunciar
Nos últimos dias, a Baixada Santista tem enfrentado uma realidade de terror diária. Durante a Operação Escudo, que ocorreu após a morte de um policial da Rota no dia 27 de julho, ocorreram fatalidades envolvendo a polícia, no Guarujá, litoral paulista, resultando na morte de pelo menos 16 pessoas.
O Visão do Corre lista abaixo as favelas da Baixada Santista que têm vivenciado um cenário de violência e terror cotidiano, com mortes registradas.
Vila Baiana
Felipe Vieira Nunes, 30, morador da Vila Baiana, foi uma das vítimas da polícia. Ele tinha saído para comprar cigarro e comida. "Então aterrorizando a população, eles [a polícia] estão declarando guerra contra a comunidade, oprimindo a favela", diz familiar do ambulante, morto com nove tiros nas proximidades de sua residência.
Vila Zilda
Uma das comunidades do Guarujá, os moradores de Vila Zilda estão presenciando momentos de terror. Após a morte do policial da Rota, que patrulhava a comunidade no dia 27 de julho, moradores e internautas começaram a comentar nas redes sociais sobre o medo de sair de casa e represálias policiais.
Morrinhos
Em 2021, em Morrinhos, também no Guarujá, ocorreu uma operação policial em resposta à morte de um sargento, resultando em um confronto armado e a morte do suspeito envolvido. Atualmente, em 2023, a comunidade ainda vive com receio, especialmente após a morte de Filipe do Nascimento, jovem de 22 anos que trabalhava em uma barraca de praia e foi morto por policiais ao ir para o mercado.
Morro São Bento
Com diversas operações policiais ocorridas em 2022, que apreenderam drogas, motos furtadas e armas, este ano o medo continua. Após uma policial ser baleada em Campo Grande, em Santos, a Polícia Militar fez uma operação na última terça-feira (1°), no Morro São Bento, em busca de supostos criminosos que se esconderam na comunidade.
Jabaquara
Na manhã de terça-feira (1°), em Jabaquara, Santos, Lailton Fernandes da Cruz Oliveira, de 22 anos, era ajudante de pedreiro e foi morto por policiais quando estava dormindo na casa de um amigo, de acordo com relatos de familiares. Ao jornal O Globo, um familiar disse: “Já chegaram matando, não perguntaram nada.”
Morro do Macaco e Prainha, no Guarujá, além de Morro da Penha e Morro do Tetéu, em Santos, também vivem clima de tensão, segundo relatos de moradores.
Denuncie violência policial
Através de postagem no Twitter, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE-SP) anunciou que estará disponibilizando atendimento e coletando relatos de vítimas e testemunhas da violência policial resultante da operação realizada na cidade de Guarujá. O serviço de assistência será oferecido pela Unidade Guarujá e pelo Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH), situado na capital paulista.
Unidade Guarujá
Av. Adhemar de Barros, 1327, Jardim Helena Maria, Guarujá - SP
(13) 2101-9000
unidade.guaruja@defensoria.sp.def.br
Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos
Rua Boa Vista, 150, Mezanino, Centro, São Paulo - SP
(11) 3107-5080 / (11) 94220-8732
nucleo.dh@defensoria.sp.def.br
A DPE-SP vai prestar atendimento e colher relatos de vítimas e testemunhas de violência policial decorrente da operação na cidade de Guarujá. O atendimento será prestado pela Unidade Guarujá e pelo Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH), localizado na capital paulista. pic.twitter.com/kW1pIcuFIS
— Defensoria Pública de SP (@Defensoriasp) August 1, 2023