Script = https://s1.trrsf.com/update-1734029710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Crianças de favelas de Recife fazem filmes para festival de rua

No Coque, Pina e Santo Amaro, 60 aprendizes de cinema estão finalizando animações que serão exibidas em praça pública

18 dez 2024 - 11h01
(atualizado às 13h21)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Vinte crianças em cada uma das três comunidade participantes começaram em novembro o processo de construção de curtas-metragens de animação. Fizeram do roteiro à edição, com ajuda de monitores. O resultado será exibido em janeiro na Mostra Cine Rua Infantil.
Favela do Bode, na praia do Pina, em Recife, onde vinte crianças estão produzindo curtas-metragens de animação.
Favela do Bode, na praia do Pina, em Recife, onde vinte crianças estão produzindo curtas-metragens de animação.
Foto: Thays Medusa

Conhece Walter, aquele jogador supostamente acima do peso, que fez mais gols do que muitos magrelinhos? Na favela do Coque, em Recife, onde ele se criou, vinte crianças estão tendo a chance que ele não teve, e da qual reclamou publicamente, o acesso à educação.

Walter parou na quinta série, após reprovar cinco vezes. Ele certamente gostaria de saber que, neste exato momento, vinte crianças estão produzindo filmes de animação, adquirindo um conhecimento ainda mais sofisticado do que aquele que faltou ao craque.

O local onde produzem curtas-metragens desde novembro é a Associação de Amigos da Vila do Papelão, na favela do Coque, região central de Recife. Não bastasse o nome lúdico, a instituição de educação e arte é mais conhecida como “Casinha”.

Personagens feitos de massinha pelas crianças. Elas constroem todo o processo, do roteiro à edição.
Personagens feitos de massinha pelas crianças. Elas constroem todo o processo, do roteiro à edição.
Foto: Thays Medusa

Favelas do Coque e Santo Amaro

Coque é uma comunidade pesqueira surgida de ocupações, margeada pelo rio Capibaribe. As vinte crianças que fazem os curtas têm de seis a 12 anos de idade. Elas propuseram os temas, modelaram bonecos de massinha, fotografaram e editaram, com ajuda de facilitadores do projeto Cine Rua.

Os dois filmes produzidos na favela do Coque devem ser finalizados até o Natal. Eles serão exibidos em 30 de janeiro, na praça Santa Teresinha, em Santo Amaro, de onde sairão mais quatro obras, de mais vinte crianças.

Na divisa com Olinda, em Santo Amaro o Cine Rua acontece no Núcleo Comunitário Rua dos Casados. “Ensinamos a técnica do stop motion, uma animação que cria a ilusão de movimento a partir de uma série de fotografias, é totalmente lúdico”, explica Palas Camila, idealizadora do projeto.

A técnica de stop motion ensinada às crianças consiste em montar o cenário, fotografar e montar as sequências.
A técnica de stop motion ensinada às crianças consiste em montar o cenário, fotografar e montar as sequências.
Foto: Thays Medusa

Produção de curtas-metragens na Praia do Pina

Além das 40 crianças no Coque e Santo Amaro, mais 20 estão produzindo na favela do Pina, em uma das praias mais conhecidas de Recife. Há um aglomerado de comunidades, como Brasília Teimosa, Buraco da Veia e Bode.

Nela, o Cine Rua acontece na Livroteca Brincante do Pina, região onde o maracatu é muito forte, com o orgulho de ter mestra Joana, a primeira mulher a comandar um grupo de maracatu no Brasil, o Baque Mulher.

As comunidades onde o Cine Rua acontece são caracteristicamente de palafitas. Margeadas por rios e praia, abrigam importantes organizações, como Ruas e Praças e o Núcleo Educacional Irmãos Menores de Francisco de Assis, parceiras do projeto.

Fonte: Visão do Corre
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade