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Jovem de quebrada representa Brasil em evento climático

Ele é o único representante do Sudeste na Climate Justice Camp, que reúne mais de 100 líderes na Tanzânia

8 out 2024 - 11h05
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Resumo
Evento é mais um passo na preparação de jovens brasileiros das periferias para que garantam efetiva participação na COP 30, a ser realizada no Brasil em 2025. Problemas climáticos são maiores nas regiões periféricas.
Mateus Fernandes vem acumulando e disseminando conhecimento sobre a relação entre periferia e meio ambiente.
Mateus Fernandes vem acumulando e disseminando conhecimento sobre a relação entre periferia e meio ambiente.
Foto: Equipe Meca

Mateus Fernandes, 24 anos, nasceu na região de Taboão, “como se fosse o fundão de Guarulhos, tudo que é depois do aeroporto, onde ninguém mais acessa”.

Ele representa sua quebrada e o Sudeste brasileiro na Climate Justice Camp, realizada na Tanzânia entre 8 e 12 de outubro. O evento internacional reúne jovens ativistas de todo o mundo para colaborar e inovar no combate à crise climática.

O objetivo da Climate Justice Camp é desenvolver estratégias que promovam ações climáticas focadas nas necessidades de comunidades vulneráveis.

“Me tornei ativista climático por necessidade, por não ver as pessoas relacionando favela com meio ambiente”. É justamente essa relação que Mateus pretende aprofundar na Tanzânia e no Brasil, quando voltar.

O trabalho de formação e conscientização vai desembocar na COP 30, na qual precisa ser garantida a participação efetiva das favelas.

Mateus Fernandes vai à África a convite do Greenpeace Brasil, para quem produz conteúdo. Esteve na COP 28, em Dubai, e na Climate Week, em Nova York.

Na Tanzânia, seu foco em duas palestras é como criar pressão política sobre meio ambiente, denunciando e cobrando ações.

Ele conversou com o Visão do Corre antes de embarcar para a África.

Santos Dumond, na região do Taboão, em Guarulhos (SP), é a quebrada de Mateus Fernandes.
Santos Dumond, na região do Taboão, em Guarulhos (SP), é a quebrada de Mateus Fernandes.
Foto: Mateus Fernandes

Por que você se tornou ativista climático?

Me tornei ativista climático por necessidade, por não ver as pessoas relacionando favela com meio ambiente. Por muito tempo, achei que eram coisas diferentes, mas quando você entende que o bairro alaga todo ano, falta saneamento básico, entre outros direitos negados, sente que precisa de alguém pautando isso.

Quais os erros na comunicação sobre meio ambiente e periferia?

Achar que é uma coisa só: não existe periferia só no eixo urbano, existe a rural, do Norte, Nordeste. A linguagem é diferente. Para comunicar, é preciso conhecer. O erro principal é achar que meio ambiente não está conectado com favela.

Qual sua expectativa sobre a participação das favelas na COP 30?

Ela pode ser um grande sucesso ou um grande fracasso. Se a gente não tiver uma participação ativa da sociedade civil, a gente vai estar errando muito feio.

A periferia corre o risco de ser excluída da COP 30?

A participação é controversa. Que sociedade civil vai participar? São as organizações periféricas, povos de matriz africana? Por mais que a gente tenha um número crescente de brasileiros, ainda não é muito efetivo, mas a gente tem expectativa de que no Brasil seja diferente.

Fonte: Visão do Corre
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