Projeto ensina jovens do socioeducativo a rimarem no DF
A Arte de Rimar realiza oficinas há dez anos. Para o idealizador, atuar no sistema socioeducativo é especial
Próximas oficinas acontecerão entre junho e agosto nas unidades de socioeducativas de Planaltina e São Sebastião. Iniciativa passou por escolas públicas e particulares. Para idealizadores, atuar em unidades onde jovens estão reclusos são ocasiões especiais.
Entre junho e agosto, o projeto A Arte de Rimar será realizado nas unidades de socioeducativas de Planaltina e São Sebastião, em Brasília. Será mais uma ação com jovens, mostrando que o rap pode ser um caminho. O projeto completa dez anos.
Entre março e abril, realizou oficinas na Unidade de Internação de Brazlândia (UIBRA). Nos encontros, os jovens que cumprem medidas socioeducativas gravaram quatro músicas com temas relacionados à liberdade, sonhos, objetivos e vivências.
Um dos idealizadores do A Arte de Rimar, o rapper Nenzin MC, explica que as oficinas seguem uma metodologia própria. “Os jovens, além do conteúdo teórico, têm a oportunidade de realizar diversas atividades de criação conjunta, como exercícios de trava-línguas, técnicas de brainstorm, batalha de rimas, rima interna x rima externa, flow e dicção, dinâmicas de terminação e leitura em ritmo”, enumera.
O projeto A Arte de Rimar já passou por escolas públicas e particulares, pelo programa Jovem de Expressão e conta com uma versão on-line. Mas para Nenzin MC, as edições realizadas no sistema socioeducativo são especiais.
“Vê-los empolgados ao ouvir a própria música que escreveram e perceber que muitos podem sair dali querendo ser artistas, é algo único. Nosso principal objetivo com o projeto é democratizar e disseminar o acesso à escrita, à música e à produção”, ressalta Nenzin MC.
Realizado desde 2014, o projeto A Arte de Rimar é uma oficina de rimas e escrita criativa que visa ensinar técnicas e exercícios para o aprendizado e aprimoramento na construção de rimas improvisadas e produção de composições poéticas e musicais.
A iniciativa conta com a produção de Natália Botelho, Nenzin MC e Biro Ribeiro como oficineiros, e a produção das batidas das músicas é do produtor musical La$t, de Mossoró (RN).