Zé Gotinha vai à favela em Dia D da Vacinação no RJ
Mascote visita Manguinhos às 10 horas, em posto de vacina para crianças e jovens. Grafite da campanha será feito ao vivo
O Dia D da Vacinação no Rio de Janeiro conta com a presença do mascote Zé Gotinha. Ele estará na favela de Manguinhos, zona norte da capital fluminense, a partir de 10 horas da manhã, onde está instalado um polo de vacinação e será produzido um grafite da campanha, como parte das ações do Movimento Nacional pela Vacinação.
As 18 vacinas disponíveis serão aplicadas, conforme a necessidade, em crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. A dose contra a poliomielite é específica para a faixa etária entre um e cinco anos. Devem ser aplicadas inclusive vacinas para doenças consideradas eliminadas, como a rubéola, pois elas podem voltar quando há baixa cobertura vacinal. A apresentação da caderneta de vacinação é obrigatória.
A aplicação de vacinas em Manguinhos começa 8 horas da manhã. Zé Gotinha deve chegar por volta de 10 horas. A ação é uma parceria entre o Ministério da Saúde a Agência de Notícias das Favelas (ANF), que instalou 150 minidoors da campanha de multivacinação em 11 comunidades do Rio de Janeiro.
“Foi um pedido da ministra da saúde, Nísia Trindade, que nos envolvêssemos com essa campanha, que está acontecendo em todo o país. Ela é importantíssima para que a gente aumente os índices vacinais, que já foi um dos melhores, mas caíram drasticamente”, diz André Fernandes, diretor e fundador da ANF.
Grafite da campanha feito ao vivo
Desde cedo, o grafiteiro Airá Ocrespo faz um grafite sobre a campanha de multivacinação, enquanto ela acontece. Conhecido na cena fluminense, ele vem de uma semana atribulada: uma pintura sua, do rosto de Marielle Franco, foi vandalizada em Petrópolis na última quinta; ontem, ele restaurou a obra.
Hoje, faz um grafite em Manguinhos, reprodução do logotipo que criou para a campanha. Conversamos com Airá Ocrescpo sobre sua participação no Dia D da Vacinação no Rio de Janeiro, a criação da imagem a ser grafitada e a importância da imunização das crianças e jovens das favelas.
Você já tinha grafitado para uma campanha de vacinação?
Nunca participei de nenhuma ao vivo. É superinteressante trazer a linguagem do grafite para promover esse tema. É uma linguagem que tem a mesma dinâmica das crianças e jovens. Então, para sensibilizar, é uma estratégia muito promissora.
Como você concebeu a imagem da campanha, que também vai ser grafitada?
Eu pensei numa ideia de parceria entre a criançada e o Zé Gotinha. Ele está aí para atrair a galera, criar identificação, fazer com que a criançada se atente para tomar vacina, fiquem mais abertas. É uma grande parceria que a imagem acaba propondo e promovendo. Se as crianças e jovens abraçarem a causa, vão se vacinar.
Qual a importância das campanhas de vacinação nas favelas?
São superimportantes porque ali fica a parcela mais vulnerável da sociedade. São pessoas que estão mais expostas a doenças e com menos assistência. Tem que ser um público prioritário na hora de se vacinar.
Quais são os obstáculos para vacinação nas regiões mais vulneráveis?
São pessoas que não contam com recursos ou tempo para ir até postos de vacinação. Muitas vezes, não têm informação ou são vítimas de informações falsas, que desestimulam a vacinar seus filhos.
Serviço
A entrada para quem vier de fora da favela de Manguinhos fica ao lado da quadra da escola de samba Acadêmicos de Manguinhos, na Avenida dos Democráticos, 32, perto da igreja São Daniel Profeta. Equipes de saúde chegam 8 horas da manhã.
As 18 vacinas disponíveis são BCG, Hepatite A e B, Penta, Pneumocócica 10 valente, Vacina Inativada Poliomielite, Vacina Oral Poliomielite, Vacina Rotavírus Humano, Meningocócica C, Febre amarela, Tríplice viral, Tetraviral, DTP (tríplice bacteriana), Varicela, HPV quadrivalente, dT (dupla adulto), dTpa (DTP adulto) e Menigocócica ACWY.